De lutador mirim a veterano do UFC, Tibau promete nocaute contra russo invicto
Aos 28 anos, Gleison Tibau pode ser considerado um veterano do UFC. Ele estreou em 2006 e acumula 10 vitórias em 15 lutas na principal competição de MMA do mundo. Mas sabe que ainda falta algo a mais para chamar a atenção dos organizadores e conseguir disputar o cinturão dos leves. No próximo sábado, ele poderá ficar mais próximo desta chance.
CARTEL DE TIBAU NO UFC
Vitórias: 10
por nocaute: 1
por finalização: 3
por decisão: 6
Derrotas: 5
por nocaute: 1
por finalização: 1
por decisão: 3
Seu rival no UFC 148 será o russo Khabib Nurmagomedov, que, apesar de recém-chegado à organização, está invicto em 17 lutas e acumula seis vitórias por nocaute e sete por finalização. Tibau não se assusta e promete usar a sua experiência para nocautear o adversário e tentar impressionar o público e os diretores.
“Ele é só dureza, um cara famoso por ser casca grossa, estilo brasileiro, com um físico muito bom. Ele vem com vontade, é novo e quer ganhar espaço. Mas eu estou vindo de três vitórias. Trabalhei bem o boxe, a que foi onde a gente viu brecha, já que ele é difícil de trabalhar no chão. Então eu quero buscar o nocaute para ver se a organização do UFC gosta e me manda para uma luta de ponta”, avaliou Tibau.
“Vou buscar o nocaute, mas se a luta for para o chão, vou estar tranquilo. Ele tem uma finalização no UFC, mas minha experiência é bem mais alta. Se ele errar, vou pegar ele, ele não vai poder errar”, avisou o brasileiro.
A experiência é o trunfo de Tibau devido à sua trajetória de 15 anos no MMA. Enquanto a maioria dos lutadores começa praticando uma determinada modalidade de luta na infância, Gleison começou direto no vale-tudo, ainda aos 13 anos de idade.
Inspirado nos filmes de Van Damme e Bruce Lee, Gleison viajava 41 km todos os dias de sua cidade, Tibau, até a academia mais próxima em Mossoró, onde treinava com Assuério Silva e Buda. Daí vem o apelido que atualmente virou seu sobrenome no UFC.
Aos 15 anos, Tibau fez sua primeira luta de MMA e venceu por decisão. “Depois dessa luta, botei na cabeça que seria profissional”, lembrou o lutador. Mas o começo não foi fácil. Sem o apoio dos pais, que não tinham dinheiro e nem aceitavam o esporte do filho, Gleison ganhava cerca de 200 reais por luta, e precisava fazer bicos de garçom na praia.
“Foi quando saí de Tibau para morar na academia. Tinha poucas lutas, dava aula particular, puxava treino na academia e esperava aparecer luta. Morei na academia por três anos, foi uma época bem difícil, porque não tinha renda e minha família era humilde”, recordou.
Nessa época, ele lutou outras três vezes em campeonatos no Nordeste, e em um desses combates chegou a vencer Thiago “Pitbull” Alves por finalização em 2001. Depois, Tibau foi morar no Rio de Janeiro e passou a treinar com o técnico André Pederneiras, que o levou para sua primeira luta internacional, no Japão, em 2003. Acabou sendo derrotado pela primeira vez, o que não impediu sua carreira de deslanchar.
A partir de sua estreia internacional, foram dez vitórias e apenas uma derrota até chegar ao UFC em 2006. Fez um combate de meio-pesados contra Nick Diaz, e perdeu por nocaute. Seu retrospecto foi melhorando aos poucos, mas Tibau fez seu nome lutando em cards preliminares. Das suas 15 lutas no UFC, apenas quatro foram em card principal, e destas, ele venceu só uma.
Tibau se prepara na Flórida para fechar o card preliminar do histórico UFC 148 . Ele se divide entre os Estados Unidos e Mossoró: “Fico seis meses lá e seis meses aqui”. Sua base no Brasil é a mesma onde começou sua carreira. “O MMA é muito forte no Nordeste, desde muito tempo. Sempre teve muita luta no Nordeste, a raiz é de lá. É um esporte que tem muita cultura no Nordeste e agora com essa fase do UFC a empolgação é bem maior, eles estão com muito mais vontade, e a evolução do esporte está bem maior”, comemorou.
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