Demian corta chocolate e "salaminho" para descer de peso em nova corrida pelo cinturão

Derrotado em duas de suas três últimas lutas entre os médios do UFC, Demian Maia resolveu, em fevereiro, baixar sua categoria. A decisão foi tomada depois da derrota para Chris Weidman, em janeiro, quando lutou bem abaixo do esperado. Agora, no próximo sábado, no UFC 148, o brasileiro fará seu primeiro combate entre os meio-médios (até 77 kg), contra o coreano Dong Hyun Kim. E a mudança gerou um sacrifício na alimentação do atleta.

Acostumado a comer "bobeiras" no fim de semana, Demian Maia, que chegou até mesmo a desafiar Anderson Silva pelo cinturão dos médios, teve que deixar de lado desde um pão francês com "salaminho" até chocolates e queijos mais gordurosos. Agora, ele espera que o sacríficio vá valer a pena, e se vê mais forte para encarrar a nova corrida pelo cinturão na nova categoria.

"É mais sacrificante. Gosto de comer algumas coisas no fim de semana e tive que deixar um pouco de lado. Um açaí, um pão francês com salaminho, uma barra de chocolate... Se exagerar, o peso sobe muito. Mas me sinto mais competitivo agora. Meus melhores anos no jiu-jítsu foram nesse peso. Eu me sinto mais rápido, e claro que o objetivo da mudança é lutar pelo título. Tenho certeza que vai dar", afirmou, em entrevista ao UOL Esporte. 

Demian acredita que três vitórias "boas" (rápidas, com nocaute ou finalização), possam o colocar entre os candidatos a desafiar o campeão da categoria (Carlos Condit é o 'interino', já que George Saint Pierre está lesionado). O otimismo do brasileiro tem uma explicação: apesar de ter diminuído seu peso, a força física aumentou 30%, de acordo com Diego Andriello, preparador físico do lutador.

"A mudança dele foi tranquila. Mudamos um pouco a preparação dele comparada a luta passada. Do ponto de vista físico, ele cresceu e apresentou valores superiores fisicamente de quando era um lutador mais pesado. O desempenho dele está melhor, a parte de potência melhorou muito e está mais ágil. Fizemos testes e vimos que a mudança seria a melhor decisão", afirmou Andriello.