Jones admite "maior dor da vida", diz que achou que perderia luta e exalta raça de Belfort

Apesar de ser apontado como quase invencível, Jon Jones passou neste sábado por uma sensação que ainda não tinha sentido, a de quase perder uma luta. Mesmo tendo castigado muito o brasileiro, Vitor Belfort esteve perto derrotar o campeão dos meio-pesados com uma chave de braço ainda no primeiro round na luta principal do UFC 152, em Toronto.

Depois do combate, Jon Jones apareceu para a entrevista coletiva com o braço direito imobilizado e apoiado em uma tipoia. Apesar de ser apenas um diagnóstico inicial - ele sairia do ginásio para ir até o hospital - é bem possível que ele tenha sofrido uma lesão mais grave no nervo do cotovelo por conta do golpe.

"Foi a maior dor que já senti na minha vida. Foi como a primeira vez que levei um soco quando comecei a lutar. Essa situação fez eu pensar em um monte de coisa, pensei que tinha de sair dali para ter uma segunda chance", explicou Jon Jones. "Em 25 anos, nunca tinha sentido algo daquele jeito."

O campeão dos meio-pesados explicou que ele realmente achou que perderia o combate com a chave. "Ainda bem que depois daquele golpe eu pude voltar para a luta. Eu estava conformado com aquilo, pensando que não podia perder daquele jeito. Quando ele soltou, meu braço estava dormente e sem força para o soco."

"Eu trabalhei muito minhas resistência. Mesmo com o braço doendo, eu pensei que tinha de resistir àquilo, lembrei de tudo que meus técnicos falaram, do que eu tenho de enfrentar para mostrar que sou um verdadeiro guerreiro."

Até por conta dessa lesão e de tudo que passou com o Vitor Belfort, Jon Jones fez questão de elogiar a atuação e a raça do brasileiro. "Ele é realmente uma pessoa incrível, fenomenal, e estou muito honrado em tê-lo enfrentado. Belfort realmente acredita em si e no que pode fazer."

"Mas não estou surpreso com tudo isso que aconteceu. Vitor é um faixa-preta do Carlson Gracie, me me intimidou mesmo, ainda mais com essa quantidade de músculos (risos). Eu realmente acreditava no que ele poderia fazer e por isso nada me surpreendeu", completou.