Topo

MMA


Técnico de Anderson admite nervosismo para luta com Bonnar, mas diz: 'vamos com tudo'

Anderson Silva e Stephan Bonnar se cumprimentam na pesagem do UFC 153, no Rio de Janeiro - UFC/Divulgação
Anderson Silva e Stephan Bonnar se cumprimentam na pesagem do UFC 153, no Rio de Janeiro Imagem: UFC/Divulgação

Maurício Dehò

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/10/2012 17h00

Apesar do amplo favoritismo de Anderson Silva neste sábado, no UFC Rio 3, um esporte como o MMA ainda deixa ressabiado quem acompanha os combates, pela sua imprevisibilidade. Um soco bem encaixado pode mudar tudo. O campeão dos médios enfrenta o norte-americano Stephan Bonnar em um duelo na divisão meio-pesado e seu técnico admite que mesmo no atual panorama é difícil fugir de um frio na barriga.

Ramon Lemos, faixa-preta de jiu-jítsu que comanda os treinos de Anderson, confirma que o nervosismo é presença constante em combates deste nível, mas que isso é um reflexo positivo, até mesmo para o lutador.

“Quando chega a semana de luta, não tem jeito. Seria mentira dizer que não dá aquele frio na barriga, um nervosismo ou que não passam mil coisas na cabeça. Mas eu sei tudo o que trabalhei e acredito na vitória”, afirmou ao UOL Esporte Lemos.

“Isso é uma adrenalina controlada. Se não tiver um pouco de nervosismo, você não treina e nem luta”, explicou ele, sobre o teor motivador deste elemento.

Ramon lembrou do convite para Anderson, feito apenas um mês antes deste UFC, e diz que foi um compromisso do campeão dos médios com a torcida, devido à mudança da revanche contra Sonnen do Rio para Las Vegas.

“Foi muito bom para o evento a entrada não só do Anderson, mas a do Minotauro. Desde que recebemos o convite, falei para o Anderson: ‘vamos com tudo!’”, afirmou.

O rival Stephan Bonnar não é um rival que tenha causado muitos perigos em sua categoria, mas o norte-americano tem lutas marcantes, principalmente por sua resistência.

“Eu acho que ele é um cara mediano. No sentido de que ele não é excepcional. O Stephan é muito bom em tudo o que faz, na trocação, nas quedas, mas nunca mostrou ser acima da média”, opina o treinador.

“O Bonnar virá mais pesado na hora da luta, uma diferença que deve ser de sete a oito quilos. Mas o Anderson é mais técnico”, avalia Lemos, antes de concluir. “Ele é um ser humano, com muita vontade de vencer um campeão. Mesmo não valendo o cinturão, nós nos preparamos muito bem para evitar surpresas.”