Filha de Bruce Lee enaltece UFC por homenagem na China: 'MMA solidifica seu legado'

O UFC chega à China pela primeira vez neste sábado e, entre as novidades deste evento, o que chamou a atenção foi uma homenagem a Bruce Lee. A organização colocou uma imagem do ex-ator e lutador no pôster promocional, algo raro e uma homenagem a uma das pessoas que é colocada entre os “pais” do MMA. A iniciativa rendeu agradecimentos de Shannon Lee, filha de Bruce.

Shannon comanda a Fundação Bruce Lee, e afirmou que a lembrança do pai e sua posição de destaque para este UFC on Fuel TV 6 são uma honra ao seu legado. O americano, morto em 1973, criou sua própria arte marcial, o Jeet Kune Do.

“Eu sempre faço uma distinção entre o JKD e o MMA. Não vejo como a mesma coisa. Mas quando se fala na filosofia do meu pai, percebe-se a noção de se ter um lutador completo, capaz de se defender ou atacar em qualquer situação. O UFC não é uma luta de rua e acho que também mostra muito daquela filosofia de o lutador ter de ser completo”, afirmou Shannon, ao MMA Fighting.

Bruce Lee morreu apenas quatro anos após o nascimento dela, que ainda assim cresceu no mundo das lutas, treinou JKD e kickboxing, e em 2000 assumiu os negócios da família, que estavam em controle de sua mãe, Linda. Há alguns anos, ela se encontrou com Dana White e firmou uma parceria com ele.

“De certa forma, a ascensão do UFC e do MMA ajudaram a solidificar o legado do meu pai no mundo das artes marciais. Foi muito importante e honroso. Foi a isso que ele dedicou sua vida”, explicou ela, que atualmente trabalho no projeto de um museu de Bruce Lee. “Meu pai estava muito à frente do tempo dele. Quase 40 depois de sua morte, ninguém conseguiu imitá-lo e até hoje ele é fonte de inspiração.”

Muitos lutadores até hoje citam Lee como influência, como Anderson Silva, Georges St-Pierre e Dan Hardy, por exemplo. Dana White sempre vê o Brasil como terra do vale-tudo - e, consequentemente do MMA -, mas costuma definir Bruce Lee como pai das artes marciais mistas.