Após 19 meses, GSP volta ao UFC e faz unificação sob pressão de superluta com Spider
Há 19 meses, Georges St-Pierre subiu no octógono em Toronto e, sob o olhar de 55 mil pessoas, recorde de público do UFC, venceu uma luta chata contra Jake Shields. Foi sua sexta defesa do cinturão dos meio-médios, mas já sem o brilho de outrora. Neste sábado, o canadense enfim retorna de uma grave lesão no joelho, em um cenário totalmente diferente. Sua ausência motivou a disputa de um título interino e agora ele encara o dono dele, Carlos Condit, valendo a unificação, a reafirmação de GSP entre os melhores do Ultimate e ainda a chance de confirmar a tão aguardada superluta contra Anderson Silva.
Mais uma vez em casa, St-Pierre encara o norte-americano Carlos Condit em Montréal. Mas as atenções também estarão voltadas ao setor VIP do público. Anderson é presença confirmada entre os espectadores e, depois de alardear que GSP é o próximo rival que lhe interessa, pode inclusive desafiar o canadense no calor de uma possível vitória.
O campeão dos médios disse na última semana que não faz seu perfil lançar um desafio desta forma, mas sua presença é um claro indício de que isso pode acontecer. “Não é minha característica desafiar ninguém”, despistou o Spider. St-Pierre, por outro lado, afirmou diversas vezes que sua única preocupação é com Condit. “Eu não ligo para o que Anderson vai fazer. Ele pode fazer o que quiser. Estou focado em Carlos Condit”, reclamou.
Mas o maior interessado - principalmente pelo lado financeiro - já faz seus planos. O presidente Dana White afirmou que existe até data para esta luta, caso Condit não estrague os planos. Se GSP vencer, o dirigente cravou que ele e Anderson vão se enfrentar e, provavelmente, no mês de maio de 2013. São três opções de lugar: Toronto, um estádio de futebol no Brasil ou o bilionário Cowboys Stadium, no Texas (EUA).
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Curado, GSP destaca ‘paixão reacesa’
Em um evento que depende de grandes combates como o UFC, o fato de as últimas quatro lutas de GSP terem sido decididas nos pontos - inclusive o morno confronto com Shields - faz com que o canadense tenha não só de provar que se recuperou da ruptura de ligamentos no joelho como também tenha de vencer de maneira convincente para retomar o posto de segundo melhor lutador da atualidade - Jon Jones “roubou” seu lugar, como título do meio-pesado e excelentes atuações.
Além de ter postado diversos vídeos com treinos fortes, para mostrar a recuperação física, o canadense afirma que o período afastado reacendeu sua paixão por lutar. A metáfora usada foi curiosa:
“Quando você se machuca e não pode lutar por muito tempo, você sente muita falta. É como estar apaixonado pela namorada. Quando você está com ela todo dia, algumas vezes você não percebe que a ama, mas quando ela fica longe por muito tempo, você sente falta. É assim com a luta”, filosofou ele, invicto desde 2007 e com um cartel de 22 vitórias e apenas duas derrotas.
Conhecido por ser um rei de vendas de pay-per-views e ingressos, desta vez o canadense terá de vencer a desconfiança de seus próprios torcedores. Dos 55 mil que o viram no UFC 129, agora ele passa a uma arena com pouco mais de 20 mil lugares, mas que até esta sexta-feira ainda não tinha ingressos esgotados.
Carlos Condit: o estraga prazeres
Se já se fala abertamente em Anderson Silva x Georges St-Pierre, é bom lembrar que surpresas acontecem quando a porta da jaula se fecha. E é nisso que o norte-americano Carlos Condit aposta. Ele já surpreendeu ao conquistar o cinturão interino dos meio-médios, no UFC 143, quando venceu Nick Diaz por pontos.
Aos 28 anos e já muito experiente, o norte-americano põe em jogo uma série de cinco vitórias diante de bons nomes da divisão, sendo três delas com nocautes.
“Adoro o Anderson Silva. Ele vai me assistir? É incrível. Mas eu vou estragar a festa, mexer no planejamento. Se eles quiserem fazer a superluta depois que eu vencer Georges, aí é com eles”, provocou Condit.
O norte-americano luta profissionalmente desde os 18 anos, em 2002. Ao todo, soma 28 vitórias e cinco derrotas em sua carreira, com direito a 13 nocautes e 13 finalizações.
Rodrigo Damm, ex-TUF, e Rafael dos Anjos são os brasileiros em ação
Sem grandes brasileiros no card, dois lutadores verde-amarelos movimentam o card preliminar em Montréal. A previsão é de que Rodrigo Damm (abaixo na imagem ao lado) seja o primeiro a subir no octógono. O veterano de 32 anos vem de uma boa participação no TUF Brasil. O peso pena não chegou à final, mas encarou Gasparzinho no UFC 147 e finalizou o rival. Agora, encara o lutador da casa Antonio Carvalho - já derrotado por Felipe Sertanejo - em busca da sua 11ª vitória em 16 lutas. Já Rafael dos Anjos, lutador do Ultimate desde 2008, vem de duas vitórias e tenta embalar na categoria leve. Com 17 triunfos e seis reveses na carreira, ele também terá pela frente um canadense, Mark Bocek.
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