Preparador físico considera 'crime' pedido para Anderson lutar no peso de GSP

O preparador físico Rogério Camões é o responsável por deixar o campeão dos médios do UFC, Anderson Silva, em plena forma. Geralmente, isso quer dizer adequar a preparação do brasileiro para lutar na categoria até 84 kg. Com a grande chance da superluta com Georges St-Pierre acontecer, Camões analisou o duelo e criticou os pedidos da equipe do canadense para que eles se encarem no peso meio-médio, de GSP.

“Seria um crime o Anderson lutar com 77 kg. Ele até conseguiria alcançar esse peso, mas a perda que ele teria física seria muito grande. Nós temos que respeitar o GSP, que além de um grande lutador é um monstro fisicamente. O canadense levaria uma considerável vantagem física caso eles se enfrentassem entre os meio-médios”, afirmou Camões, que além do trabalho com Anderson treina outros lutadores como Erick Silva, Rafael Feijão e Ronaldo Jacaré.

O UFC, por meio do presidente Dana White, já cogitam esta luta para o mês de maio, com a chance de que aconteça no Canadá, em Dallas (EUA) ou em um estádio no Brasil. Nesta terça, Dana afirmou que a negociação está em compasso de espera, já que GSP está de férias após vencer Carlos Condit no UFC 154.

Além dos aspectos financeiros, um dos principais pontos a se discutir na mesa de negociação é o peso. GSP já deu entrevistas dizendo que quer enfrentar Anderson no seu peso, e o brasileiro considera possível casar a luta em um peso combinado, algo entre os 77 kg do meio-médio e os 84 kg do médio.

“Para mim esta luta deveria acontecer até 80kg, que já seria sacrificante para o Anderson.  Seria  a primeira vez dele nesse peso no UFC, e teríamos que implementar um trabalho muito especifico para ele poder atuar 100% dentro das suas possibilidades”, adicionou o preparador.

“Atualmente o Anderson tem se mantido entre 92 e 94kg, já pensando em ter que descer para enfrentar o GSP. O Anderson descendo 3kg e o St-Pierre subindo mais 3kg seria o mais justo para os dois e para o público poder ver um grande combate”, concluiu.