Astros do UFC dão dicas e analisam estreia de KLB no MMA: 'ser famoso não muda nada'
Este domingo é dia de estreia no MMA, e com um lutador da turma dos famosos fazendo mudando de palco. É o cantor e baixista Bruno Scornavacca, do KLB, que após quase dez anos treinando a modalidade vai se arriscar dentro da jaula do Fair Fight, na casa de shows Via Funchal, em São Paulo. Para esta primeira luta, o UOL Esporte ouviu alguns dos astros do UFC, que deram suas dicas para Bruno e avaliaram o que o fato de ele ser uma celebridade muda nesta história.
Rodrigo Minotauro, um dos poucos lutadores a ter sido campeão tanto no Pride quanto no UFC, já viveu este momento delicado, e sabe como é complicado. “Para mim, foi uma grande ansiedade. Luto desde a minha infância, sempre competi, mas estrear profissionalmente é diferente”, diz ele, que lembra que, depois dos primeiros segundos, o estresse diminui e dá espaço para se aplicar o planejado nos treinos.
BRUNO REBATE CRÍTICOS
Criticado por muitos fãs de MMA e chamado de aventureiro pela estreia nos ringues, Bruno rebate os comentários. “A filosofia da minha família é essa: fazer o que você tem vontade, para não se arrepender lá na frente. Não estou aqui para provar nada a ninguém. Estou porque gosto, porque tenho vontade. Não preciso disso para viver”, explicou ele.
Bruno também terá de encarar o nervosismo de enfrentar uma plateia hostil, diferentemente do carinho que ele recebe nos shows. Muitos criticam o músico de entrar de aventureiro na moda do MMA, mas ele já rebateu os comentários, dizendo que decidiu lutar por gosto e que, não precisa do MMA para fazer mais fama ou ganhar dinheiro.
Para o campeão dos penas José Aldo, o fato de ele ser uma celebridade não pode ser um fator que entre na jaula. “Acho que o fato dele ser famoso não vai influenciar muito na hora do combate. Se o lutador estiver bem concentrado, não vai ouvir o que está vindo da torcida”, explica ele, que em sua estreia viveu grande expectativa, “mas fui me soltando e consegui nocautear logo na minha primeira luta”.
O peso pesado Antonio Silva, o Pezão, mostra cautela justamente pelo fato de Bruno ser uma estrela da música tentando a sorte no MMA.
“Você tem de lutar por amor, não só por moda. Muita gente entra no MMA porque a mídia fala muito do esporte. Mas o treinamento é árduo, você abre mão de muita coisa para entrar ali no cage. Mas, se ele está fazendo porque quer ser realmente um lutador, o melhor a fazer sempre é treinar muito”, diz ele.
Sobre o momento do ringue, quando o bicho realmente pega, Pezão explica que o nervosismo é normal durante toda a carreira de um lutador, mas que pode ser driblado.
“Tenho 21 lutas e até hoje vem aquela adrenalina. Faz parte da vida do atleta. Não é um medo, mas a adrenalina vai lá em cima e cabe a você encontrar uma maneira de transformar em algo positivo para a hora da luta, ainda mais para um cara na situação do Bruno”, completa.
A estreia: promessa de guerra em pé
Apesar de chegar como novidade ao cage do Fair Fight, Bruno está acostumado com o mundo das lutas. Ele treina desde criança: começou com judô aos cinco anos, fez taekwondo, boxe e hoje inclui wrestling e jiu-jítsu na preparação, para apresentar um jogo completo na estreia.
O rival, Diego “Ramones” Mercúrio, é um especialista no jogo em pé. Aos 21 anos, ele treina desde os oito, já que o pai é professor. Começou no caratê, foi para o muay thai e já aos 15 aos passou a lutar profissionalmente. Próximo à maioridade, começou a lutar MMA amador e agora profissional - tem quatro lutas em seu cartel no Sherdog, sem nunca ter vencido.
“Estou tranquilo, calmo. Estou preparado para o Bruno. Não vou para brincar com ele, vou fazer o melhor de mim. Não é porque é famoso que vou dar mole”, diz ele.
Como sempre teve um foco maior no jogo em pé, Bruno aposta em um nocaute para tentar acabar com o combate mais cedo: “A luta sempre começa em pé, então vamos trocar umas porradas. Mas, se for levado para baixo, também é um território que estou treinando muito bem. Acredito no nocaute. Um de nós vai cair.”
O baiano Minotauro cita uma máxima para que Bruno se saia bem deste primeiro e decisivo teste. “Pelo tempo que ele já vem treinando, diria para ele executar tudo o que aprendeu. Existe uma máxima no mundo da luta: “treino duro, luta fácil”. Se ele treinou duro e se esforçou, conseguirá se apresentar bem”, conclui o veterano ex-campeão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.