Topo

MMA


Minotauro revê motorista que o atropelou há 25 anos e ouve: 'não veio me dar um soco, né?'

Minotauro reencontrou caminhoneiro que o atropelou na Bahia, 25 anos após quase morrer - Reprodução/Globo
Minotauro reencontrou caminhoneiro que o atropelou na Bahia, 25 anos após quase morrer Imagem: Reprodução/Globo

Do UOL, em São Paulo

23/12/2012 13h31

Rodrigo Minotauro tem no currículo os cinturões do Pride e do UFC, mas nada supera uma vitória de sua infância. Ele foi atropelado por um caminhão aos 11 anos e quase morreu. Em 2012, 25 anos depois do ocorrido, ele reencontrou os médicos que o salvaram e também o próprio motorista que quase tirou sua vida.

O baiano voltou à Bahia e admitiu que tinha curiosidade de conhecer o homem que dirigia o caminhão de cerca de 6 toneladas.

“Você não veio aqui pra me dar um soco, né?”, brincou Jubervaldo, no encontro promovido pelo Esporte Espetacular, da TV Globo. O baiano, simples, trocou lembranças com o peso pesado e ainda passou a dar nome a um búfalo de Jubervaldo.

“Não foi culpa minha, foi um acidente que infelizmente aconteceu. Para você (Minotauro) foi uma vitória. A primeira delas”, disse o senhor baiano.

O acidente aconteceu em um dia no qual a família Nogueira estava na casa de um amigo, festejando o aniversário de um parente. As crianças - entre eles os gêmeos Rodrigo e Rogério - foram brincar em um caminhão que estava próximo da casa.

“A gente estava se divertindo. Por curiosidade, pulamos na carroceria aberta e o motorista ligou o caminhão. Quando ele ligou, todas as crianças pularam para fora da caçamba pela lateral. Eu pulei pelo fundo e ele encaixou a macha ré”, contou Minotauro. O baiano, no entanto, caiu de costas no chão quando saltou.

“Eu comecei a ver aquela roda passando por cima dele aos poucos”, relembrou o irmão, Minotouro. “Por cima do pé, da perna... Quando olhei, parecia que o caminhão estava passando por cima de um quebra molas. A adrenalina era tanta que ele não sentia dor, mas caiu no chão logo que o levantei.”

Rodrigo foi direto par ao hospital, e os médicos não acreditavam na sua sobrevivência. O baiano teve até o diafragma reconstruído e só voltou para casa cerca de um ano depois.

“Foi Deus quem nos ajudou. Ia ser uma pena eu parar tudo aos 11 anos de idade. Só tenho a agradecer ao meu pai e meu irmão, que me deram muita força. Essa mensagem de força foi muito importante pra mim. Eu carreguei isso dentro de mim e consegui superar várias outras coisas”, concluiu o peso pesado, que será o técnico do segundo TUF Brasil, reality show que deve estrear no mês de março.