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Um ano após nocaute histórico, Barboza 'vira casaca' e se une a rival de Aldo por recuperação em SP

Edson Barboza ganhou o prêmio de nocaute do ano por chute rodado no UFC Rio 2 - UFC/Divulgação
Edson Barboza ganhou o prêmio de nocaute do ano por chute rodado no UFC Rio 2 Imagem: UFC/Divulgação

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

10/01/2013 06h00

No dia 14 de janeiro de 2012, o peso leve brasileiro Edson Barboza entrava para a história com um golpe sem precedentes sobre o inglês Terry Etim no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que um chute alto rodado encerrou uma luta no UFC, o que lhe rendeu o prêmio de nocaute do ano. Pouco mais de um ano depois, o lutador de Nova Friburgo voltará a lutar no Brasil, no evento de São Paulo no próximo dia 19. Enquanto todos esperam um novo show, ele quer mesmo é apagar a decepção de sua última derrota, a primeira e única de seu cartel.

Foram dez vitórias seguidas antes do nocaute técnico sofrido logo no primeiro assalto contra o norte-americano Jamie Varner em maio. Edson ficou sem lutar desde então, e aproveitou esse período para rever seus conceitos: “Como eu sempre digo, dei dois passos à frente. Pude rever minhas lutas e corrigir meus erros. Perceber o que estava acontecendo de errado no meu treinamento. Cresci muito tanto como pessoa e como lutador”.

CHUTAÇO ABRIU PORTAS?

Sim, Graças a Deus. Foi muito legal todos os prêmios que eu tenho vencido pelo nocaute do ano, eu agradeço a todas as revistas, e nos prêmios com votação eu agradeço o apoio dos meus fãs e amigos.

A derrota o ajudou a amadurecer, mas para isso ele contou com a ajuda de um novo mentor: o norte-americano Frankie Edgar, ex-campeão dos leves e rival do brasileiro José Aldo no UFC 156, em fevereiro. Edson passou a trabalhar com ele durante a preparação da luta contra Benson Henderson, em que Edgar acabou sendo derrotado. Mesmo assim, os dois continuaram treinando juntos, e o brasileiro, que treinava na Flórida, passou a fazer sua preparação em Nova Jersey.

O brasileiro destacou que só conseguiu ver o que estava errado em seus treinos na Flórida quando se juntou à equipe de Frankie Edgar: “Aqui o treino é muito duro e muito completo. Dou graças a Deus de estar podendo treinar com todos aqui, tem sido uma verdadeira benção em minha vida. Então eu venho evoluindo e crescendo muito”.

A NOVA 'FAMÍLIA' DE EDSON BARBOZA

  • Reprodução/Instagram Frankie Edgar

    Brasileiro, segundo da direita para a esquerda, treina com Frankie Edgar (quarto), rival de José Aldo no UFC 156 do dia 2 de fevereiro

Questionado se há alguma chance de dar dicas para o compatriota José Aldo antes da luta contra Edgar, Barboza deixou claro que vai torcer para o norte-americano no combate do dia 2 de fevereiro: “Os treinos com o Frankie têm sido ótimos, ele tem me ajudado bastante para a minha luta, e eu para a luta dele”

“Desde a primeira vez que eu conheci todos aqui, os treinadores, os companheiros de equipe, o treino todo de uma maneira geral, eu percebi que era aqui que eu queria treinar para as minhas próximas lutas. O Frankie está sempre disposto a ajudar, assim como o Mark Henry, o Ricardo Almeida e o Renzo Gracie. Todos são muito amigos, uma verdadeira família mesmo”, elogiou Edson.

O primeiro teste dessa nova fase de sua carreira será contra o brasileiro Lucas “Mineiro” Martins, anunciado há apenas uma semana, devido à lesão do norte-americano Justin Salas, adversário para o qual Edson Barboza vinha se preparando.

O lutador friburguense precisou fazer “ajustes finais e mudanças na estratégia” depois da troca de seu rival, mas disse não se preocupar com a mudança de última hora, muito menos com o fato de ter que enfrentar um brasileiro. Dono de prêmios de lutas da noite em suas três últimas vitórias, Edson Barboza já sabe o que pretende fazer ao entrar no octógono do Ibirapuera: “Penso em mais um show. Uma guerra”.