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Caveira tira licença do Bope e muda de cidade por 'última chance' no UFC

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

17/05/2013 09h55

Paulo Thiago é um daqueles lutadores que é a cara do UFC no Brasil. Principalmente com sua vitória no Rio, em 2011, quando foi ovacionado ao entrar ao som de “Tropa de Elite”, o policial do Bope e lutador ganhou fama e um espaço entre os ídolos verde-amarelos do MMA. No entanto, sua realidade mudou bastante. Após duas derrotas seguidas, ele chega a Jaraguá do Sul (SC) sabendo que está pressionado e que precisa de uma vitória para garantir seu futuro no evento.

“Essa luta é importante pra mim, para eu dar continuidade em minha história dentro do UFC. Venho de uma sequência negativa e é hora da mudança e reencontrar o caminho da vitória”, afirmou o brasiliense de 32 anos, que encara Michel Trator em combate de meio-médios. Mais que duas recentes derrotas, ele soma quatro revezes nas últimas cinco lutas, sendo a vitória no UFC Rio solitária em três anos.

A principal mudança desde que ele perdeu para Dong Hyun Kim na China, em novembro, foi no que define sua imagem: Paulo Thiago pediu licença do Bope e não está mais trabalhando como instrutor do batalhão no Distrito Federal. Além disso, mudou-se de Brasília para o Rio de Janeiro, em busca de melhores oportunidades de treino. Foi parar na academia de Anderson Silva.

“Foi uma decisão necessária. Estava numa situação difícil na equipe em que treinava, com falta de treinadores e parceiros de treino. Estava brecando minha evolução. Mas quanto ao Bope é apenas uma licença, eles estão me esperando e me dando todo o apoio”, explicou ele.

“Eu mudei de ares (para o Rio) e passei a treinar na XGym. Fiz toda a preparação lá, é uma equipe muito forte. Acho que estou muito bem para lutar. Lá é fora de série, uma das melhores equipes do mundo, com grandes técnicos e atletas top como Erick Silva, Ronaldo Jacaré, Rafael Feijão. Em Brasília eu tinha dificuldades em achar boms treinadores e lutadores. Mas agora o treino ficou bem mais diversificado, sempre tem um bom de queda, de chão, de trocação...”, completou.

Apoio da torcida

A entrada de Paulo Thiago no UFC Rio 1 foi memorável e ainda é descrita com entusiasmo pelo lutador. Desde aquele combate, Paulo Thiago lutou duas vezes no exterior. Foi nocauteado por Siyar Bahadurzada na Suécia e perdeu por pontos para Dong Hyun Kim na China.

Retornar ao país natal e aos braços da torcida é um fator que ele considera vantagem, mesmo encarando um compatriota. Michel Trator, seu rival, foi um substituto Lance Benoist, oponente original do Caveira, que se machucou.

“Lutar no Brasil sempre é especial. Nós que estamos no UFC, sempre lutamos fora de casa e com torcida contra. Desta vez a viagem curta, estou comendo nossa comida, tudo isso só faz com que me sinta melhor”, explicou Paulo Thiago.

“Espero apoio da galera, aquela vez foi muito importante com a galera cantando e me dando aquela força. Foi o momento mais importante da minha carreira”, concluiu o lutador.

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