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Pezão reclama de Yamasaki após derrota e pede punição a árbitros

Evelyn Rodrigues

Do UOL, em Las Vegas (EUA)

26/05/2013 07h54

Não foi dessa vez que o brasileiro Antonio Pezão conseguiu o título dos pesados do UFC. Na madrugada deste domingo, ele acabou sendo nocauteado pelo atual campeão da categoria, Cain Velásquez, ainda no primeiro round, mas não deixou de registrar o seu descontentamento com a atuação do árbitro Mário Yamasaki.

Pezão conversou com o UOL Esporte após a coletiva de imprensa do evento e explicou porque não aprovou a interrupção de Yamasaki:

“Infelizmente não foi do jeito que eu esperava. Eu até pensei que o árbitro tinha parado a luta para punir o Cain Velásquez, porque minutos antes de a gente entrar no octógono, o Yamasaki esteve no vestiário e disse ‘Olha, soco na nuca não pode, vocês sabem. O primeiro soco eu vou dar uma advertência e o segundo eu vou tirar um ponto’. Eu achei que era isso que ele ia fazer quando ele parou a luta, porque o Cain acertou vários golpes na minha nuca. Mas, aconteceu, não é desculpa”, disse o brasileiro, revelando o que falou para o árbitro no momento da interrupção.

Junior dos Santos, amigo e companheiro de treinos de Pezão, aproveitou para sair em defesa do brasileiro.

“Não esperava por esse desfecho e fiquei um pouco triste porque o Cain falou ali na coletiva que bateu pegando na orelha, não pegou na orelha coisa nenhuma, pegou só na nuca mesmo. É só assistir à luta, foram mais de cinco golpes só na nuca. Não que o Cain tenha sido errado por fazer isso, mas o juiz não deveria ter parado a luta, acho que deveria ter tirado até um ponto do Cain e voltado a luta em pé”, declarou.

Questionado sobre o que disse ao árbitro ainda dentro do octógono, Pezão explicou.

“Eu perguntei por que ele parou, mas o Yamasaki costuma deixar esses furos na luta, ele já fez isso em varias, e até nos duelos da casa do TUF. Mas ele é um ser humano e todo ser humano tem o direito de errar. Só é triste porque você faz um treinamento muito duro para chegar até aqui. Eu abri mão da minha família, de diversão e por um erro humano você é prejudicado”, desabafou.

Mais cedo, durante a coletiva de imprensa, o brasileiro tinha defendido uma punição para os erros dos árbitros. “Eu acho que parou rápido demais e se quando um atleta faz algo errado é punido, acho que o árbitro também deve ser”, afirmou.

Quanto ao fato de ter errado durante o duelo com Cain, “Bigfoot", com Pezão é conhecido nos EUA, tentou explicar a tática usada. 

”Ele já tinha entrado duas vezes nas minhas pernas e eu sabia que ele ia entrar mais uma vez e aí eu ia deixar o upper, que eu tava treinando muito essa parte, desde a minha luta contra o Overeem eu venho treinando isso, mas ele é um atleta muito rápido, acertou uma mão. Isso é um esporte de contato, entendeu, nem tonto eu fiquei, eu senti. Mas enfim, aconteceu e não adianta se lamentar. Eu quero é aproveitar a família,  que eu abri mão por dois meses para voltar aos treinos”, declara.

Questionado sobre o que achava das reclamações de Pezão, Dana White foi enfático: “Eu já vi intervenções piores.  O problema  é que quando o Bigftoot caiu, se o árbitro percebe que você não é inteligente para se defender, ele acaba se precipitado e encerrando a luta”, finalizou.

Card Principal
Cain Velásquez nocateou Antônio Pezão a 1min21 do 1º round
Junior Cigano nocateou Mark Hunt a 4min18 do 3º round
Glover Teixeira finalizou James Te Huna (guilhotina) a 2min38 do 1º round
TJ Grant nocateuou Gray Maynard a 2min07 do 1º round
Donald Cerrone venceu KJ Noons por ponto em decisão unânime dos juízes

Card Preliminar
Mike Pyle venceu Rick Story por pontos em decisão dividida dos juízes
Dennis Bermudez venceu Max Holloway por pontos em decisão dividida dos juízes
Robert Whittaker nocauteou Colton Smith a 41s do 3º round
Khabib Nurmagomedov venceu Abel Trujillo por ponto em decisão unânime dos juízes
Stephen Thompson venceu Nah-Shon Burrell por ponto em decisão unânime dos juízes
George Roop nocateou Brian Bowles a 1min43 do 2º round
Jeremy Stephens venceu Estevan Payan por ponto em decisão unânime dos juízes