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Finalista do TUF usa filho como inspiração: Ele reza e fala 'mete porrada'

Finalista do TUF Brasil 2, no lugar do argentino Santiago, Léo Santos encara Patolino - Maurício Dehò/UOL
Finalista do TUF Brasil 2, no lugar do argentino Santiago, Léo Santos encara Patolino Imagem: Maurício Dehò/UOL

Maurício Dehò

Do UOL, em Fortaleza

07/06/2013 12h00

Léo Santos chegou como surpresa à final do TUF Brasil 2, afinal, será substituto do lesionado Santiago Ponzinibbio na decisão, contra William Patolino, neste sábado, em Fortaleza. Um veterano do jiu-jítsu com uma finalização sobre Georges St-Pierre como resultado mais lembrado da carreira, ele tenta provar que já é um lutador de MMA completo. Zebra na capital cearense, ele relembrou do período de confinamento em que ficou afastado de seu filho e revelou que ele é seu motivador mais forte para ser campeão do reality show.

Léo Santos admitiu que as saudades do filho de três anos o consumiram durante o tempo em que ficou afastado do mundo para gravar o TUF Brasil 2.

“O que mexeu mais com a minha cabeça foi a distância. Eu tenho um filho de três anos e ele estava começando a aprender a rezar, a gente rezava junto todo dia. Mesmo que eu estivesse longe treinando, eu ligava para ele e rezávamos junto”, conta Léo, que no programa não podia fazer contato com o mundo de fora.

“Antes do TUF, eu sempre ligava para ele, nós rezávamos e ele falava: ‘Te amo papai. Mete porrada!’”, contou, aos risos, o finalista do TUF. “Vocês veem, já estou criando um psicopatinha (risos).”

Léo Santos revelou que ia para o banheiro da mansão do TUF com as fotos do filho e chorava muito. Patolino, o rival na final, que o diga. “Esse cara já me acordou às três da manhã de tanto que chorou”.

A distância acabou virando motivação e o lutador diz que conseguiu usar este fator como motivador. Ele e Ponzinibbio fizeram uma das lutas mais intensas da casa, na semifinal, em decisão por pontos, mas que foi em favor do argentino.

Carreira, peso e futuro

Léo Santos tem 33 anos e pratica jiu-jítsu desde seus quatro anos. Seu primo foi fundador da academia Nova União – de José Aldo – junto ao técnico Dedé Pederneiras, e o caminho foi automático a seguir.

Seu grande momento longe do MMA foi na disputa do famoso torneio de luta agarrada ADCC, quando conseguiu um armlock voador no campeão do UFC Georges St-Pierre, em 2005, movimento que é lembrado até hoje.

No MMA, sua experiência foi quase forçada. Ele foi convidado a enfrentar o conhecido Takanori Gomi no Japão para fazer sua estreia. O detalhe era o prazo para se preparar.

“Me chamaram para treinar no Japão e vinte dias antes da luta foi feito este convite. Eu acabei perdendo por pontos, mas vi que tinha coração para lutar MMA contra qualquer um”, explica ele. “O jiu-jítsu sempre foi meu sonho para ser número 1. Quando consegui, passei a apostar no MMA.”

Léo Santos teve uma lesão séria em 2010, no pescoço, e chegou a pensar em parar, mas conseguiu se manter em ação e mostrar seu valor dentro do octógono. Contra Patolino, é a chance de se consagrar.