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Léo 'foge' de revanche com argentino e fala da fuga do ringue: 'fui no automático'

Maurício Dehò

Do UOL, em Fortaleza

09/06/2013 06h00

Léo Santos chocou os fãs de MMA neste sábado ao bater William Patolino, franco favorito, e se sagrar campeão do TUF Brasil 2, o reality show do UFC. E, passado o programa, aparentemente o carioca quer deixá-lo realmente no passado. Ele descartou fazer uma nova luta com o argentino Santiago Ponzinibbio e também falou sobre sua fuga do octógono, no maior estilo José Aldo.

O especialista em jiu-jítsu perdeu a semifinal do TUF para Ponzinibbio, mas disputou a final por conta de uma lesão do argentino. Na decisão, conseguiu barrar o jogo em pé e finalizou Patolino. Agora seria normal, portanto, querer tentar reverter aquele resultado negativo. Mas não para este campeão do reality show.

“O que eu e o Santiago fizémos no TUF vai ficar para a história. Não foi uma luta, foi uma guerra, um Brasil x Argentina de luxo. Ele é um argentino sangue bom, gente boa, como diz. Torço muito por ele, sei que vai arrebentar no UFC. Mas não quero lutar de novo com ele não. A não ser que ele me desafie, porque eu não corro, não (risos)”, afirmou Léo.

Léo acabou brilhando mais ainda quando saltou a grade, fugiu do octógono e comemorou com José Aldo a vitória – José Aldo que, por sinal, inventou essa comemoração que desagrada os chefes do UFC. Os dois são parceiros de treino e grandes amigos.

O patolino é um excelente adversário. Ele se sente muito à vontade. Eu pensei com meus técnicos sobre isso. Se ele cresce na luta, ele te complica. Como voltei para a final, vim para o tudo ou nada, para botar pressão. A preocupação dele era de eu botar ele para baixo. Mas eu sei que posso trocar bem, e é uma coisa que tive de acreditar. Acreditei no TUF e trouxe isso para a final. Vim para o que der e vier e deu certo.

“Naquela hora eu não estava pensando em nada, estava no automático. Quando vi o José Aldo ali comemorando foi ume emoção grande. Eu pensei nele, acho que é o estilo da Nova União”, disse ele, sobre a academia em que treina com Aldo. “Eu não tinha noção do que estava acontecendo. Quando vi ele (Aldo) gritando meu nome, foi uma felicidade enorme.”

Léo luta na categoria leve, originalmente, e ainda vai estudar se permanece no meio-médio. Sobre o combate, disse que o que lhe rendeu a vitória foi saber que tinha de suportar a pressão de Patolino e ir para o tudo ou nada.

“O Patolino é um excelente adversário. Ele se sente muito à vontade. Eu pensei com meus técnicos sobre isso. Se ele cresce na luta, ele te complica. Como voltei para a final, vim para o tudo ou nada, para botar pressão. A preocupação dele era de eu botar ele para baixo. Mas eu sei que posso trocar bem, e é uma coisa que tive de acreditar. Acreditei no TUF e trouxe isso para a final. Vim para o que der e vier e deu certo, consegui levar para o chão e finalizar”, analisou o terceiro campeão do TUF brasileiro.

Patolino, que chorou muito após a derrota, limitou-se a dizer que a estratégia do rival é que causou a derrota. “Ele foi melhor que eu, realmente. Eu tentei derrubar, ele aplicou uma contra-queda, caiu por cima e conseguiu finalizar. Foi uma boa estratégia dele na luta”, afirmou o carioca.

Argentino também descarta revanche

Santiago Ponzinibbio pôde assistir de perto à final do TUF. Contratado pelo UFC para lutar depois que se recuperar da lesão que o tirou da decisão do reality show, ele fez elogios a Léo e, como o colega, descartou encarar o rival novamente.

“Não me surpreendeu o Léo ganhar. Lutei com ele e é um cara duríssimo. Ele já mostrou que tem coração e sabe trocar. O Léo fez uma boa estratégia e conseguiu levar para o chão e finalizar”, analisou o argentino.

“Nós já fizemos a luta, esta luta já teve um ganhador. Foi um lutaço, não vejo porque lutar com ele, porque já ganhei. Se o Patolino tivesse vencido, eu gostaria de lutar, para ter aquela disputa do campeão moral do TUF e encerrar um ciclo. Mas neste caso não”, completou.