Topo

MMA


Sertanejo diz que sentiu pressão do 'fantasma da demissão' para vencer no UFC

Jarbas Oliveira/UOL
Imagem: Jarbas Oliveira/UOL

Maurício Dehò

Do UOL, em Fortaleza

12/06/2013 12h00

Uma das melhores noites da noite do último sábado, no primeiro evento do UFC em Fortaleza, teve um duelo brasileiro: Ceará x São Paulo. E o paulista Felipe Sertanejo é quem levou a melhor contra Godofredo Pepey e inclusive ganhou a torcida com sua boa performance. Para chegar ao nocaute, no entanto, Sertanejo admitiu que sentiu a pressão pela grande onda de demissões do Ultimate e, mesmo quando o árbitro confirmou o triunfo, ainda não conseguia acreditar no que estava vivenciando.

"Fiquei com medo de acordar e descobrir que tudo tinha sido um sonho depois que o juiz anunciou que tinha acabado”, disse Felipe Sertanejo, que fez sua quarta luta no Brasil, depois de estrear no UFC Rio 1. Agora, ele soma duas vitórias, um empate e um revés na organização.

“Foi complicado chegar para essa luta, nós sempre vemos outros lutadores sendo demitidos, então isso é um fator que acaba pesando, é muita pressão. Mas Deus não dá uma cruz mais pesada que você pode carregar”, completou ele, que mesmo que só tenha lutado no Brasil até aqui, não tem vontade de fazer combates no exterior, para evitar as longas viagens, um fator de grande desgaste.

Sertanejo sofreu com a hostilidade da torcida desde a pesagem e fez a encarada mais tensa do evento, trocando provocações com Pepey. Dentro do octógono, o cearense levou o combate para o chão, mas foi raspado duas vezes pelo “visitante”. Sertanejo então concluiu o combate com um potente ground and pound, nocauteando o oponente com cotoveladas fortíssimas.

“Senti a torcida um pouco contra mim quando entrei, mas isso faz parte do esporte. Eu sabia que ia terminar com a luta cedo, sabia que ia vencer porque lutei muito. É difícil, eu treino muito essas cotoveladas, treino muito o ground and pound”, analisou o paulista.

“Eu não escolho oponentes, enfrentarei qualquer um agora. Sei que vai ficar cada vez mais difícil porque o UFC tem lutadores tão bons, mas buscarei isso”, concluiu.