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Evans vence Henderson por decisão dividida e torcida canadense reclama

Do UOL, em São Paulo

16/06/2013 01h55

Quando Rashad Evans foi anunciado o vencedor da luta principal do UFC 161 contra Dan Henderson, a torcida de Winnipeg, no Canadá, reagiu com uma discreta vaia. Não só pelo fato de que a maioria estava torcendo pelo veterano Hendo, de 42 anos. Mas também pela falta de ação em boa parte dos combates da noite, incluindo o mais importante de todos.

Henderson acertou golpes contundentes e teve a chance de nocautear, mas Evans foi mais consistente e acabou vencendo por decisão dividida dos jurados (28-29, 29-28, 29-28). Ele perdeu o primeiro round, mas venceu os dois seguintes.

Diferente da maioria das lutas principais em eventos do UFC, o combate teve apenas três, e não cinco rounds. Tudo por causa das mudanças anunciadas de última hora. Rogério Minotouro, Renan Barão e Chael Sonnen foram as baixas da noite, que fizeram o duelo entre Evans e Hendo ser promovido às pressas. E a torcida acabou ficando sem uma luta com cara de principal.

Henderson começou melhor, após um início estudado. Chegou a derrubar o rival com um gancho, assumindo a vantagem no primeiro assalto. Evans tomou a iniciativa nos rounds seguintes e, apesar da pouca objetividade, acabou somando mais pontos pelo domínio do octógono.

O próprio Rashad Evans reagiu com certa surpresa ao anúncio do resultado. “Depois de cair no primeiro round, sabia que havia vencido o segundo, mas precisava voltar forte no terceiro”, comentou o vencedor sobre sua estratégia. 

É a segunda vez seguida que Dan Henderson perde por decisão dividida. Sua derrota para Lyoto Machida no UFC 157 foi contestada. Mas o veterano evitou criar polêmica: "Não acho que tenha sido culpa só da decisão dos jurados, o Rashad foi bem, me colocou contra a grade. No terceiro round deixei cair um pouco porque achava que havia vencido os dois primeiros", avaliou Hendo.

Evans também vinha de revés para um lutador brasileiro. No UFC 156, ele perdeu para Rogério Minotouro por decisão unânime. A vitória no Canadá evitou o que seria uma sequência de três derrotas consecutivas do ex-campeão dos meio-pesados. 

Noite de um nocaute só

Antes da luta principal, a torcida canadense acompanhou dez combates, e apenas um deles terminou em nocaute: a vitória do peso pesado Shawn Jordan sobre Pat Barry aos 59 segundos do primeiro round, logo no primeiro evento do card principal.

Houve apenas uma finalização, na luta que foi a mais movimentada da noite, ainda no card preliminar. O norte-americano James Krause já havia acertado belos golpes no canadense Sam Stout, e ainda encaixou uma guilhotina para encerrar o combate a 13 segundos do fim.

Todas as outras lutas foram para a decisão dos jurados. Incluindo a segunda principal da noite, entre o “gordinho” Roy Nelson e o croata Stipe Miocic. Desta vez, não deu para Nelson, que foi dominado e só não tomou nocaute porque, como sempre, mostrou grande resistência aos golpes.

Outro destaque do UFC 161 foi o confronto feminino entre a canadense Alexis Davis e a inglesa Rosi Sexton, que também é matemática, osteopata e PhD em ciências da computação. Na quarta luta de mulheres da história do Ultimate, a intelectual levou a pior. Foi dominada do início ao fim e perdeu por decisão unânime, em um dos combates mais aplaudidos da noite. 

RESULTADOS DAS LUTAS DO UFC 161
Card principal
Rashad Evans vence Dan Henderson por decisão dividida
Stipe Miocic vence Roy Nelson por decisão unânime
Ryan Jimmo vence Igor Pokrajac por decisão unânime
Alexis Davis vence Rosi Sexton por decisão unânime
Shawn Jordan vence Pat Barry por nocaute técnico (Bônus: nocaute da noite)
Card preliminar
Jake Shields vence Tyron Woodley por decisão dividida
James Krause vence Sam Stout por guilhotina (Bônus: finalização da noite, luta da noite)
Sean Pierson vence Kenny Robertson por decisão majoritária
Roland Delorme vence Edwin Figueroa por decisão unânime
Mitch Clarke vence John Maguire por decisão unânime
Yves Jabouin vence Dustin Pague por decisão dividida