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Glover mantém 'jeitão caipira' e mira show em BH por chance contra Jones

Invicto, brasileiro Glover Teixeira já mira chance pelo cinturão dos meio-pesados contra Jon Jones - Evelyn Rodrigues
Invicto, brasileiro Glover Teixeira já mira chance pelo cinturão dos meio-pesados contra Jon Jones Imagem: Evelyn Rodrigues

Daniel Neves

Do UOL, em São Paulo

21/07/2013 06h00

Apontado como futuro desafiante ao título dos meio-pesados, Glover Teixeira não perde seu ‘jeitão caipira’, como ele mesmo define seu estilo tranquilo e de poucas palavras. Nascido na cidade mineira de Guiricema, o brasileiro fará pela primeira vez a luta principal de um evento do UFC justamente em casa: enfrentará Ryan Bader no dia 4 de setembro, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte.

“Vai ser especial lutar em Belo Horizonte, pois nunca lutei em Minas. Vou poder lutar em frente à família, aos amigos, com todo mundo torcendo por mim. Estou felizão”, disse Glover, em entrevista ao UOL Esporte.

Glover estreou no UFC em maio de 2012 e, pouco mais de um ano depois, fará a luta principal da noite credenciado por uma boa sequência invicta. Desde que entrou para o principal evento de MMA do mundo, foram quatro vitórias e nenhuma derrota, com direito a duas finalizações e um nocaute técnico.

O novo status dentro do UFC, porém, não mudou o jeitão de Glover fora do octógono. Tranquilo e avesso às polêmicas, o brasileiro refuta recorrer às provocações para vender suas lutas e aposta em outras credenciais para aumentar a repercussão de seus combates.

“É chegar lá, descer o braço e nocautear. Sempre fui fã do Mike Tyson e ele não vendia luta porque falava m..., vendia porque subia lá e derrubava o adversário”, afirmou Glover. “Pelo meu jeito calado, quem não me conhece acha que sou marrento. E depois vem me dizer ‘quando te conheci vi que você é humilde demais’. Brinco com os fãs, com todo mundo. Não vejo o pessoal como fã, converso com todos”.

A busca pelo cinturão é o objetivo do brasileiro que deixou Minas Gerais aos 22 anos para tentar a sorte nos Estados Unidos e lá entrou para o mundo das lutas, após trabalhar na construção civil. Glover, porém, mantém a cautela ao falar sobre uma possível disputa de título em caso de mais uma vitória arrasadora em Belo Horizonte.

“Pode ser que sim ou que demore mais uma ou duas lutas. Mas isso é com eles [UFC]. Vou fazer meu trabalho, cair para dentro e ver se finalizo a luta rápido, por nocaute ou finalização. Procuro sempre fazer lutas bonitas e dar espetáculo para os fãs”, comentou o brasileiro.

Enquanto aguarda uma chance pelo cinturão, Glover tem o lobby do ex-campeão Chuck Liddell. Espécie de ‘tutor’ do brasileiro nos Estados Unidos, o ídolo norte-americano já apontou o lutador mineiro como a maior ameaça ao domínio de Jon Jones na categoria.

“O Chuck é um cara que sempre treinei desde quando comecei minha carreira. É o cara que me ensinou muita coisa, sempre observei sua postura de campeão. É gente boa pra caramba, um amigo para levar a vida toda”, disse Glover.