Topo

MMA


Cigano adota discrição com lado pessoal e revê origens após crise em revés

Jorge Corrêa

Do UOL, em Houston (EUA)

18/10/2013 06h01

Sempre muito sincero e muito discreto, foi um susto para quem não acompanha de perto a vida e carreira de Junior Cigano quando ele admitiu que passava por sérios problemas pessoais e estava terminando um casamento de 10 anos na época da derrota para Cain Velasquez no final do ano passado. Agora, para a terceira luta, ele preferiu adotar uma postura bem diferente, principalmente em relação a seu lado pessoal.

Depois da separação de Vilsana Picolli, que continua como uma de suas empresárias, ele trouxe para Houston, para acompanhar de perto sua disputa de cinturão contra Velasquez, neste sábado, no UFC 166, sua nova namorada. Apesar de já ser visto com ela há pelo menos seis meses, ele assumiu apenas em agosto seu relacionamento com a catarinense Isadora Santos.

Na segunda luta contra Cain, Vilsana – que também assistia uma luta do peso pesado no UFC pela primeira vez – estava à frente de tudo, vibrou muito durante a pesagem, conversou e foi personagem da mídia, agora situação mudou. Isadora está junta de Junior o tempo todo, sempre ao seu lado, mas com alguma distância, não interfere muito nas ações dele, apesar de estar sempre com um olhar vigilante.

Mais que manter uma distância, ela prefere nem mesmo aparecer muito. Só um olhar mais atento e quem segue muito Cigano nas redes sociais sabe que aquela moça é a namorada do lutador. Questionada pela reportagem do UOL Esporte sobre a possibilidade de uma entrevista, ela disse que não quer falar com a imprensa e nem mesmo ser fotografa de maneira posada – ainda mais do lado de Junior.

Para essa terceira luta contra Velasquez valendo o título da categoria, Cigano também voltou para suas origens. Isso fica bem claro com a presença de Yuri Carlton em sua equipe em Houston. Ele foi o primeiro mestre de jiu-jítsu do catarinense radicado em Salvador e reassumiu o posto de homem de frente no treino da arte suave do ex-campeão com a saída de Ramon Lemos – que voltou a trabalhar exclusivamente com Anderson Silva.

Mentor de Cigano e quem o graduou como faixa-preta de jiu-jítsu, primeira arte marcial que ele treinou, apesar de ser um exímio boxeador, Yuri ajudou Junior a mudar parte de sua tática em relação ao último combate com Cain. O brasileiro agora admite tentar acabar com a luta no chão, finalizar o campeão se ele derrubá-lo. Junior viu como um dos seus principais erros naquela derrota o fato de ter tentado se levantar tanto para boxear. Com isso, foi ainda mais golpeado.