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Mutante festeja fim de estigma do TUF e promete nocaute no amigo Sarafian

Maurício Dehò

Do UOL, em Boca Raton (EUA)

05/11/2013 06h00

Um ano e meio depois do que seria uma das finais do TUF Brasil 1, enfim Cezar Mutante e Daniel Sarafian se encontrarão no octógono do UFC, neste sábado, em Goiânia. Os dois melhores pesos médios do reality show fazem um duelo em que a amizade cultivada dentro da mansão do programa fica de lado: ‘vou subir lá para nocautear o Sarafian’, diz Mutante.

Os lutadores foram parceiros de time, na equipe comandada por Vitor Belfort e, mesmo com tanta ansiedade para um duelo, Mutante afirma que eles não se distanciaram.

“O Sarafian foi o cara que mais me relacionei dentro da casa, é um amigo meu, pessoal. Mas sabíamos que teríamos de lutar, somos bem resolvidos nesta parte. Amigo é amigo, trabalho é trabalho”, explica o paulista de 28 anos, que foi campeão do TUF Brasil 1. Ele venceu Sergio Moraes, substituto de Sarafian na final, já que o paulista se lesionou e não pôde lutar.

Depois dos problemas físicos de ambos os lados, tanto Mutante quanto Sarafian vêm de vitória para o UFC de Goiânia.

“Quando acabou a luta do UFC Rio 4 eu falei que estava bem. Falei para o UFC que queria lutar, para recuperar o tempo perdido. Não sabia que colocariam o Sarafian, mas foi legal, ele é um cara duro, e é uma luta que o pessoal queria ver, uma final do programa que não aconteceu, então tem tudo para ser um grande show”, conta o lutador, parceiro de treinos e pupilo de Belfort na Blackzilians, em Boca Raton, nos EUA.

Com seis vitórias e duas derrotas no cartel, Mutante vem de triunfo contra Thiago Marreta no UFC Rio 4, por finalização. Mas quer usar as mãos e pés para parar o oponente.

“Lógico que no momento da luta ele passa de meu amigo a meu adversário e vou lá para fazer o que se faz com um adversário. Vou subir lá para nocautear o Sarafian. Estou treinando para ganhar dele. Depois a vida continua normalmente”, afirmou o peso médio, que descarta a opinião de que o duelo entre eles é prejudicial ao MMA brasileiro, pela chance de um deles poder sair da luta em baixa.

“Ser uma grande luta é uma vantagem para os dois, eu tenho meu estilo, o Sarafian tem o seu estilo. Quem perder no dia não vai ter seu brilho apagado”. Sobre a preparação, o paulista diz que não costuma focar nos rivais, mas em si próprio. “Eu sei o que ele faz, o grande foco do meu treinamento é em mim, e não nele. Tenho de melhorar no que já sou bom, aprimorar novas técnicas, para chegar lá e surpreender. É o que sempre tento fazer em minhas lutas: surpreender.”