Novata troca contabilidade pelo UFC após virar lutadora para perder peso
Depois de Amanda “Leoa” Nunes e Jessica “Bate Estaca” Andrade, o Brasil terá nesta sexta-feira sua terceira lutadora no UFC. É a “Pitbull” Bethe Correia, que além de trazer consigo um apelido de impacto, também tem um cartel de respeito. A paraibana de 30 anos está invicta no MMA, em uma carreira de menos de dois anos, iniciada quando era apenas uma contadora que queria perder peso.
Neste sábado, ela tem duas rivais: Julie Kedzie, norte-americana de 32 anos, e o fuso horário, já que seu combate acontece em Brisbane, na Austrália. Com seis vitórias em seis lutas, a faixa roxa de kung fu e azul de jiu-jítsu tentará dar a quarta vitória do Brasil entre as mulheres em cinco lutas, sempre com um olhar lá no topo, no cinturão de Ronda Rousey.
A carreira de lutadora de Bethe teve início quando ela se mudou para Natal. “Em Campina Grande, eu tinha uma vida comum: faculdade, trabalho, namorava, nada ligado a luta (risos)... Sentia que faltava algo e encontrei em Natal onde me descobri como lutadora”, contou ela.
“Sou formada em contabilidade, trabalhei um tempo como contadora e deixei tudo para me dedicar a lutar. Hoje vivo só pra treinar”, acrescentou.
Curiosamente, ela começou a treinar para perder alguns quilinhos a mais que a incomodavam. Hoje está na categoria galo, para lutadoras de até 61 kg.
“Comecei treinando para emagrecer, daí passei a competir no amador e rápido fui para o profissional de MMA. Tudo foi rápido e foi uma grande surpresa chegar ao UFC. Sempre senti que um dia lutaria lá, só não sabia quando”, explicou Bethe, que entrou como substituta da lesionada Alexandra Albu, já que a russa se lesionou.
Hoje, a paraibana é pupila de Patrício e Patricky Freire, os irmãos Pitbull, lutadores do Bellator. “Eles são muito importantes para mim, são meu espelho, quero ser como eles. Eles me ajudaram muito no camp”, completou.
Sem medo de Ronda Rousey
Qual brasileira tem chances de ir mais longe no UFC?
Resultado parcial
Total de 7313 votosComo a divisão feminina ainda é algo recente no UFC e só uma lutadora deteve seu cinturão, é claro que todos os olhos estão voltados para a campeã Ronda Rousey. Não é diferente com Bethe, que sabe que terá de dar passos lentos, primeiro se posicionar no ranking das dez melhores e aí sim pensar no título.
Mesmo com um longo caminho pela frente, no entanto, ela fala em tom de desafio sobre Rousey.
“Ronda é uma grande lutadora e a admiro muito o que ela fez, ao conseguir levar as mulheres para o UFC”, disse a brasileira. “Se acho se alguém pode vencê-la? Ninguém é invencível...”
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