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Ring girl enrola charutos e seduz engravatados em carreira paralela ao MMA

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

11/12/2013 06h00

Kat Kelley faz aquele estilo famoso no MMA: aos fins de semana ergue as plaquinhas de round, nos dias de semana posa com roupas sensuais e de biquíni para revistas e catálogos de moda. E em algumas ocasiões ela enrola charutos... Enrolar charutos? Pois é. A norte-americana de 26 anos vai além da imagem tradicional das ring girls com essa profissão incomum, mas que lhe garante dinheiro extra e, segundo ela, um pouco de diversão.

Mas o que faz uma enroladora de charutos? Kelley é chamada para uma série de eventos, como festas empresariais e casamentos, entre outros, e tem como função sentar-se a uma mesa, “seduzir” potenciais clientes, conversar profundamente sobre os charutos e, é claro, aprontá-los ali, na hora, para o consumo.

Ou, nas palavras dela: “Como uma enroladora, eu preparo charutos frescos. Mas não é só para fumar, é pela experiência que as pessoas pagam”, afirmou Kat Kelley, ao UOL Esporte.

“Neste meu trabalho, as garotas tem de ter um rosto bonito, porque o que vendemos é que somos lindas mulheres que sabem como enrolar charutos. Você preferiria ver um cubano de 60 anos, como era comum, ou uma mulher latina de 25”, questiona ela, já deixando clara a resposta.

Kat conta que passou seis meses aprendendo sobre o ofício e também coisas mais teóricas sobre o tabaco, para poder debater com os clientes tudo que fosse necessário. A carreira paralela apareceu por indicação de uma amiga, que já trabalhava no ramo por 13 anos. Depois de pensar “por que não?”, ela aceitou o desafio e diz que o faz com tanto gosto que encara como hobby.

Antigamente, eram senhores que faziam este trabalho. Mas uma empresa chamada Cigar Dolls resolveu movimentar o negócio com suas belas “torcedoras” – nome espanhol para as enroladoras. A diferença de se enrolar os charutos na hora é, segundo os profissionais, no frescor dos sabores, que ficam mais distintos dos que são comprados já prontos.

Em média, Kat usa três minutos para cada charuto ser enrolado com perfeição, mas, se a demanda é maior, consegue finalizar o trabalho mais rapidamente. A norte-americana, hoje já não mais em parceria com a Cigar Dolls, costuma ir a três eventos por ano, atendendo clientes por cerca de duas horas.

E apesar da paixão pela profissão, algo que tem até um histórico familiar já que um tio da ring girl tem uma loja de tabaco na Nicarágua, ela admite que tem apenas um problema:

“Sim, eu gosto bastante de fumar charutos. Mas ainda assim não consigo gostar do cheiro que eles têm”, diz ela.

Ring girl fala de amor e ídolos

  • Apesar de parecer ser fácil para Kat Kelley se envolver em um relacionamento, pela beleza da moça, ela conta que está solteira e que não sabe como seria ter um namorado neste momento, por conta de sua profissão. "Estou sem ninguém, no momento. E confesso que não sei como seria a reação de estar comigo sendo que sou uma ring girl". A norte-americana começou na profissão quando uma rede de TV realizou uma competição em Las Vegas com cerca de 200 garotas e ela conseguiu se colocar entre as vencedoras. Hoje com o WSOF, ela cita nomes do próprio evento como seus principais ídolos: "adoro assistir às lutas do Nick Newell e Anthony Johnson", diz ela. Newell ficou famoso por ser um lutador que tem parte de um braço amputado, um problema congênito, e mesmo assim seguir invicto.