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Advogado diz que SWAT usou arma de choque para prender Thiago Silva

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

12/02/2014 08h16

O advogado do lutador Thiago Silva, que segue preso na Flórida, Estados Unidos, depois de ir a uma academia armado para ameaçar sua ex-mulher e o professor de artes marciais dela, criticou a força empregada pela SWAT na captura do brasileiro. Scott Saul, que defende o ex-atleta do UFC, disse que o fato de o paulista praticar MMA acabou se tornando um fator negativo e revelou que o grupo especial da polícia usou inclusive uma arma de choque contra ele.

Em entrevista ao UOL Esporte, Saul criticou a força e o aparato policiais usados para prender Thiago Silva. O brasileiro voltou à sua casa depois da ida à academia e teria montado uma barricada, numa negociação de três horas até se entregar. Apesar disso, de acordo com o advogado, ele foi tratado com exagero.

O excesso principal teria sido o uso do taser, uma arma não letal de choque que paralisa a vítima. “Os policiais usaram o taser nele. Eles bloquearam quatro quarteirões, mandaram helicópteros e oficiais camuflados. Isso não era necessário”, revelou Saul. “Acho que eles usaram um forte aparato policial, só pelo fato de ser um lutador. Não sei se é preconceito, mas eles pareceram amedrontados por se tratar de um lutador.”

O advogado afirma que seu cliente não fez uma barricada. Ele diz que Thiago Silva foi encontrado bêbado e alega que ele deveria estar dormindo em casa e que acabou sendo acordado no momento da detenção. “Ele nunca agrediu ninguém, nunca deu um soco durante todo o ocorrido. Não ameaçou policiais. Se fosse uma pessoa comum, seria tratado de forma diferente.”

No momento, Thiago Silva aguarda para saber quais acusações serão formalizadas contra ele.  O juiz que o ouviu na sexta-feira, logo após a prisão, considerou que as evidências eram fracas e o caso será revisto para que as acusações sejam readequadas.

Inicialmente, ele sofreu três graves acusações: tentativa de assassinato, agressão agravada por uso de arma letal e resistência a ação policial sem violência.

Além de estar preso sem direito a fiança, por conta do seu comportamento agressivo e pelo temor de que ele pudesse fugir, agora Thiago Silva encara o risco de ser deportado.

Scott Saul explicou ao site da Fox Sports, dos EUA, que se ele for acusado formalmente e considerado culpado, pode ter de deixar o país. O advogado afirmou que trabalhará com um especialista em imigração para evitar que isso aconteça.

Mais sobre o caso.

O UOL Esporte conversou com a ex-mulher de Thiago Silva, Thaysa Kamiji, que deu a sua versão dos fatos e dos problemas que causaram o fim do relacionamento entre eles. Segundo a lutadora de jiu-jitsu, o brasileiro tinha problemas com drogas e a agrediu diversas vezes.

"Sabe o que não entendo? Estávamos com um relacionamento saudável, de conversar, cada um no seu espaço. Foi nas três ultimas semanas que ele ficou assim. Acho que isso é consequência pelo uso de cocaína. Meu casamento acabou desde dezembro de 2012. Na nossa relação, eu tinha que lidar com o desequilíbrio e agressões dele. Mas nunca fui pra polícia falar por temer as reações. Mesmo depois de agredida eu não falava", afirmou Thaysa, sobre o relacionamento de oito anos com Thiago.

Ela negou ter traído o lutador com Pablo Popovitch, seu professor de jiu-jítsu, justamente por ter terminado o relacionamento anteriormente.

Thiago Silva tinha luta marcada para o dia 15 de março em Dallas, nos Estados Unidos, contra Ovince St. Preux, no UFC 171, mas a organização, via presidente Dana White, já informou que ele não lutará mais lá.

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