Advogado diz que SWAT usou arma de choque para prender Thiago Silva
O advogado do lutador Thiago Silva, que segue preso na Flórida, Estados Unidos, depois de ir a uma academia armado para ameaçar sua ex-mulher e o professor de artes marciais dela, criticou a força empregada pela SWAT na captura do brasileiro. Scott Saul, que defende o ex-atleta do UFC, disse que o fato de o paulista praticar MMA acabou se tornando um fator negativo e revelou que o grupo especial da polícia usou inclusive uma arma de choque contra ele.
Em entrevista ao UOL Esporte, Saul criticou a força e o aparato policiais usados para prender Thiago Silva. O brasileiro voltou à sua casa depois da ida à academia e teria montado uma barricada, numa negociação de três horas até se entregar. Apesar disso, de acordo com o advogado, ele foi tratado com exagero.
O excesso principal teria sido o uso do taser, uma arma não letal de choque que paralisa a vítima. “Os policiais usaram o taser nele. Eles bloquearam quatro quarteirões, mandaram helicópteros e oficiais camuflados. Isso não era necessário”, revelou Saul. “Acho que eles usaram um forte aparato policial, só pelo fato de ser um lutador. Não sei se é preconceito, mas eles pareceram amedrontados por se tratar de um lutador.”
O advogado afirma que seu cliente não fez uma barricada. Ele diz que Thiago Silva foi encontrado bêbado e alega que ele deveria estar dormindo em casa e que acabou sendo acordado no momento da detenção. “Ele nunca agrediu ninguém, nunca deu um soco durante todo o ocorrido. Não ameaçou policiais. Se fosse uma pessoa comum, seria tratado de forma diferente.”
No momento, Thiago Silva aguarda para saber quais acusações serão formalizadas contra ele. O juiz que o ouviu na sexta-feira, logo após a prisão, considerou que as evidências eram fracas e o caso será revisto para que as acusações sejam readequadas.
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Resultado parcial
Total de 2875 votosInicialmente, ele sofreu três graves acusações: tentativa de assassinato, agressão agravada por uso de arma letal e resistência a ação policial sem violência.
Além de estar preso sem direito a fiança, por conta do seu comportamento agressivo e pelo temor de que ele pudesse fugir, agora Thiago Silva encara o risco de ser deportado.
Belfort: ‘estou orando por ele’
Companheiro de treinos de Thiago Silva na Blackzilians, em Boca Raton (EUA), Vitor Belfort foi surpreendido com a notícia da prisão do ex-lutador do UFC, assim como todo o time. Antes do combate contra Dan Henderson, o UOL Esporte visitou a academia e viu Thiago Silva treinando com Vitor, inclusive passando dicas e movimentos por um longo tempo para o carioca, que ouvia atentamente e com muito respeito o colega de treinos.
"(Estou) muito triste o que aconteceu com meu amigo de treino. Estarei orando por ele, para que tudo corra bem e Deus dê forças a ele para superar esse momento de tristeza", afirmou Belfort, que se prepara para enfrentar Chris Weidman em maio, pelo cinturão dos pesos médios.
Glenn Robinson, chefe da Blackzilians, também mostrou apoio. "Nós estamos apoiando Thiago Silva durante as investigações. Não vamos emitir nenhum comunicado oficial, nem nos pronunciaremos sobre o ocorrido, mas nós estamos com ele 100% para que o caso seja esclarecido", disse Robinson.
Scott Saul explicou ao site da Fox Sports, dos EUA, que se ele for acusado formalmente e considerado culpado, pode ter de deixar o país. O advogado afirmou que trabalhará com um especialista em imigração para evitar que isso aconteça.
Mais sobre o caso.
O UOL Esporte conversou com a ex-mulher de Thiago Silva, Thaysa Kamiji, que deu a sua versão dos fatos e dos problemas que causaram o fim do relacionamento entre eles. Segundo a lutadora de jiu-jitsu, o brasileiro tinha problemas com drogas e a agrediu diversas vezes.
"Sabe o que não entendo? Estávamos com um relacionamento saudável, de conversar, cada um no seu espaço. Foi nas três ultimas semanas que ele ficou assim. Acho que isso é consequência pelo uso de cocaína. Meu casamento acabou desde dezembro de 2012. Na nossa relação, eu tinha que lidar com o desequilíbrio e agressões dele. Mas nunca fui pra polícia falar por temer as reações. Mesmo depois de agredida eu não falava", afirmou Thaysa, sobre o relacionamento de oito anos com Thiago.
Ela negou ter traído o lutador com Pablo Popovitch, seu professor de jiu-jítsu, justamente por ter terminado o relacionamento anteriormente.
Thiago Silva tinha luta marcada para o dia 15 de março em Dallas, nos Estados Unidos, contra Ovince St. Preux, no UFC 171, mas a organização, via presidente Dana White, já informou que ele não lutará mais lá.
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