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Patolino diz que soberba não pesou em queda decepcionante e quer carinho

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

24/10/2014 06h00

As seis vitórias seguidas no MMA e o bom desempenho nas lutas preliminares no TUF 2 (The Ultimate Fighter) antes da decisão colocaram William Macario, o “Patolino”, como o principal protagonista daquela edição do reality show, em 2013. Antes mesmo da decisão, se transformou em grande esperança do país para brilhar no UFC.

O carioca, que tem o mesmo empresário que Anderson Silva (Ed Soares), caminhava para um título do TUF que parecia certo, ainda mais com a baixa do outro finalista, Santiago Ponzinibbio, que se lesionou e ficou de fora.

Vencer Léo Santos parecia mera questão protocolar. Patolino foi para a decisão com discurso de que nada se colocaria no seu caminho até o título. Durante o combate, abusou das guardas baixa, chamou o rival várias vezes para a trocação, mas pouco fez. Acabou finalizado. Mostrou muita decepção e chorou copiosamente no octógono em cena marcante.

Mesmo com o revés, teve nova chance na organização e fez sua estreia em dezembro de 2013. Lutou bem e bateu Bobby Voelker por decisão unânime. Tenta agora comprovar sua ascensão agora neste sábado, no Maracanãzinho, contra Neilg Magny, no UFC 179, e retomar os trilhos.


Mas nega que tenha se empolgado demais com a projeção que teve antes na final do TUF e que a soberba tenha atrapalhado. “Na verdade, o mesmo Patolino do TUF foi o do UFC 168 (na vitória contra Voelker). Sou um cara descontraído, irreverente, não teve nada de soberba e achar que eu tinha superioridade. Eu não pude me preparar pra aquela luta por causa de uma lesão, isso atrapalhou um pouco. Mas não teve nada a ver com isso (soberba), perdi na técnica mesmo”, explicou.

O lutador meio-médio lutará quase que literalmente em casa. Além de morar no Rio, sua casa e academia estão há poucos quarteirões do ginásio do Maracanãzinho, onde será realizada a edição desse final de semana. “Se eu vier andando em dois minutos chego. Até queria vir a pé (no dia da luta), mas não tem como, vou vir de carro. Mas luto em casa mesmo, sou carioca e moro aqui do lado.”

Independentemente se houve ou não marra no combate final do TUF, Patolino é um cara que mostra humildade quando o assunto é a torcida. Na quinta-feira, foi paciente com os fãs e atendia a cada um que pedia autógrafo e fotos. Não se cansava de fazer poses e ir de um lado para o outro para cada um que gritava no Maracanã. Explicou que precisa desse carinho.

“Eu sempre dou valor pra esse tipo de coisa, valorizo muito o público, o carinho e energia que podem nos passar. São eles que pagam ingresso e pay-per-view para nos ver. É muita honra poder ter tudo isso e lutar pra eles. Se Deus quiser vou dedicar essa vitória ao povo”, falou, ao prometer estar ainda melhor para vencer este duelo e decolar na organização. “Amadureci muito como homem e também nas técnicas de luta.”