Aldo quase "foi pra galera" sem luta ter acabado e mal enxergava no final
A explosão da torcida no final do primeiro round fez o lutador José Aldo se confundir, achar que havia nocauteado Chad Mendes e que a luta já havia acabado, comemorando a manutenção do cinturão dos penas do UFC em um momento que aquilo não era o que ocorria.
O amazonense engatou uma ótima sequência de socos no fim do primeiro round, derrubou o rival e chegou a deixá-lo grogue e caído segundos depois de acabar o primeiro round. A torcida do Maracanãzinho vibrou como se a luta tivesse acabado, o que fez Aldo comemorar equivocadamente.
“Pensei que tinha acabado a luta, achei que tinha ganhado. Mas tinha só acabado o round. Ouvi a torcida pulando e gritando, eu já ia pular pra galera”, falou na entrevista coletiva depois do combate.
“Agora é dever cumprido. Mantive meu cinturão. Tinha possibilidade de perder. Enquanto eu estiver aqui esse trono ficará do meu lado. Quero encerrar a carreira invicto.”
Apesar de ter vencido quatro dos cinco rounds disputados na madrugada deste domingo, no Maracanãzinho, e ter tido várias oportunidades para definir o combate, no quarto round deu um susto.
Ficou com o olho esquerdo muito inchado e deu a impressão de que o combate poderia ser interrompido pelos médicos, mesmo tendo vencido os três anteriores. Mas resistiu bravamente para manter o cinturão dos penas do UFC. Depois, admitiu que mal conseguia ver e que enxergava três Mendes. Saiu com a cara detonada no melhor estilo Rocky Balboa.
“Foi uma luta dura e queria agradecer todo mundo, obrigado a todos. Sabia que uma hora eu iria conectar um bom golpe. Eu estava enxergando três na hora da luta. Aí pensei ´bom, aí vou no do meio que vou acertar.”
Antes do duelo, o amazonense chegou a receber algumas críticas pelas lutas táticas que fez em seus últimos três confrontos, muitas vezes apenas administrando a vantagem e buscando pontuar. Mas, nesta madrugada, foi agressivo do começo ao fim.
Desde que Anderson Silva tomou o cinturão dos médios de Rich Franklin, em 2006, sempre o país teve algum dono de cinturão da maior organização de artes marciais mistas do mundo. O número chegou a ser até de quatro ao mesmo tempo (sendo um interino). Desde a histórica luta entre Anderson Silva e Vitor Belfort, em 2011, estiveram no topo Spider, Mauricio Shogun, Junior Cigano, Renan Barão o próprio Aldo, o único que se mantém até agora.
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