Após ser banido do UFC, Wanderlei Silva processa agência e acusa excessos

O lutador brasileiro de MMA, Wanderlei Silva, anunciou nesta terça-feira que processou a Comissão Atlética de Nevada, agência americana responsável pela regulação antidoping no UFC, por exceder suas obrigações no caso que gerou seu banimento da modalidade em eventos no estado em que está localizada a cidade de Las Vegas. Além da proibição de voltar a lutar no UFC, o atleta foi punido com multa de US$ 70 mil (R$ 170 mil, na cotação da época).

"A NSAC, como qualquer outra agência, é uma 'criatura' do estado e tenta expandir sua jurisdição sobre assuntos para os quais não é atribuída pelo legislador. Aqui, a legislação claramente define os poderes da NSAC a 'emissão e revogação de licenças'. Ao contrário, na ação injusta contra (Silva), não há autoridade estatutária que lhe permita alargar sua jurisdição para incluir disciplinar pessoas que não são licenciadas pela agência", disse o brasileiro, ao ler a ação interposta pelo advogado Ross Goodman.

Trata-se do primeiro ato da "guerra" prometida por Wanderlei Silva depois de ser banido e multado, apesar de já ter anunciado a aposentadoria do UFC. Quando ainda tinha luta marcada contra Chael Sonnen em julho, Wanderlei fugiu pela porta dos fundos de de sua academia em Las Vegas quando um funcionário da comissão foi até lá para fazer um teste surpresa. Depois, ele explicou que fez isso porque estava tomando um diurético para tentar acelerar a recuperação de uma fratura na mão, ou seja, ele seria flagrado no antidoping.

Segundo o lutador, a Comissão Atlética de Nevada ainda se negou a dar explicações sobre os motivos que a levaram a exceder sua jurisdição no caso, já que no momento do ocorrido, ele não estava licenciado pela mesma. Há outras reclamações, como o fato de a punição ser considerada extremamente dura, visto que foi o primeiro problema de Wanderlei Silva com exames antidoping em 20 anos de carreira - em outros casos, a punição foi mais branda.

De acordo com o site MMA Fighting, o lutador pede, essencialmente, que o banimento seja revogado.