Royce Gracie vê lado positivo em dopings no UFC e evita críticas a Anderson

O UFC, principal circuito de MMA (artes marciais mistas), vive uma crise. Nomes como Anderson Silva e Jon Jones, que estão entre os maiores da história recente do evento, foram flagrados em exames antidoping e simbolizam um crescimento do número de lutadores pegos. E nem assim o icônico Royce Gracie parece preocupado. Em tom cauteloso, o brasileiro de 48 anos evitou fazer críticas à modalidade ou aos atletas que testaram positivo.

“Eu vejo as coisas pelo lado bom. Em vez de encorajar as pessoas que dizem ‘oh, vamos acabar com o MMA porque todos estão se dopando”, prefiro ser otimista. A parte boa é que o sistema está funcionando. Não vamos tentar derrubar os lutadores porque um ou outro cometeram erros”, disse Gracie ao site “MMA Fighting”.

Faixa preta de jiu-jitsu, Gracie teve participação relevante na criação do UFC. O brasileiro esteve em três das lutas do primeiro evento do circuito e não teve rivais entre 1993 e 1995. Ele também já foi flagrado em exame antidoping.

A ascensão de Anderson Silva tem relação direta com o cenário que Gracie pavimentou. O Spider foi o principal nome do Brasil no UFC nos últimos anos.

Em 2015, após 13 meses parado por causa de uma fratura na perna esquerda, Silva voltou a lutar no UFC. Ele venceu Nick Diaz, mas o combate ainda rende polêmica porque ambos foram flagrados em exames antidoping.

Anderson Silva será ouvido sobre o caso nesta terça-feira (17). O UFC marcou para a próxima quarta-feira (18) uma entrevista coletiva para falar sobre o episódio.

“Não acho que esse caso seja um problema para o esporte. Você não pode mudar o passado, o que ele fez. Mas eu não conversei com ele ainda e não vou apontar uma arma [para o Anderson]”, finalizou Gracie.