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Henderson ataca Belfort por suposto doping: "Não fiquei nada surpreso"

Dan Henderson foi nocauteado por Vitor Belfort em 2013 - William Lucas/inovafoto
Dan Henderson foi nocauteado por Vitor Belfort em 2013 Imagem: William Lucas/inovafoto

Do UOL, em São Paulo

16/10/2015 18h23

A trilogia entre Vitor Belfort e Dan Henderson está próxima de acontecer. Marcada para o dia 7 de novembro, em São Paulo, a luta deverá desempatar a disputa entre os atletas, já que cada um venceu um duelo.

Após sofrer o primeiro nocaute de sua carreira na última luta contra Belfort, Dan Henderson não digeriu bem a derrota, especialmente pelo fato de Belfort estar fazendo tratamento com TRT quando a luta aconteceu. Tanto que, ao comentar o confronto que virá pela frente, fez questão de relembrar a denúncia divulgada nos últimos dias de que Belfort teria lutado contra Jon Jones, em 2012, com índices elevados de testosterona, sob anuência do UFC.

“Eu não fiquei surpreso por ele ter falhado no teste. Eu fiquei surpreso pelo fato disto não ter sido revelado até agora. Cara, isso aconteceu há dois, três anos”, declarou Henderson.

Justamente por conta dos recentes escândalos envolvendo lutadores pegos em exames antidoping, Henderson celebrou a parceria feita pelo UFC com a USADA, órgão norte-americano responsável por fiscalizar o uso de substâncias proibidas em competições. Além disso, Henderson celebrou que a organização será a responsável por testar os atletas mesmo em eventos no Brasil, mantendo assim a credibilidade dos testes. Desde que retornou ao UFC, esta será a terceira luta do norte-americano em solo brasileiro.

“Eu fiquei empolgado com isso. Obviamente, eu preferia lutar com o Vitor nos Estados Unidos, mas estou tranquilo com relação a isso. Eu sempre adorei vir ao Brasil e ter bons momentos. Os fãs são muito apaixonados por artes marciais, então tomara que tenham alguns torcendo por mim, e não todos pelo Vitor”, brincou o lutador.

Ainda comentando sobre o uso de substâncias para melhoria de performance, Henderson fez questão de colocar em xeque o desempenho de Belfort em 2013, quando o brasileiro o derrotou. Ambos faziam tratamento com TRT na ocasião, mas o norte-americano disse não duvidar que o brasileiro estivesse usando “algo a mais”.

“Eu não sei. Quero dizer, quem sabe o que Vitor estava tomando, eu só sei que seu corpo parecia completamente diferente. Eu não sei, eu apenas penso em mim derrotando o Vitor independente dele estar usando drogas ou não. Eu ainda sou capaz de derrota-lo e estou feliz pelo UFC ter implementado esta política de testes antidoping, que é algo que venho cobrando há tempos”, declarou Henderson.

A rotina de testes não é algo inédito para Henderson, que foi submetido aos exames antidoping durante os 15 anos em que fez parte da equipe olímpica de wrestling dos Estados Unidos. Por isso, o norte-americano salienta estar confiante que Vitor e outros lutadores não usarão mais substâncias de melhoria de performance. Porém, Henderson declarou que Belfort deve ser respeitado mesmo sem fazer o tratamento com TRT.

“Vitor sempre foi e continua sendo um lutador muito perigoso. Ele tem mãos pesadas e rápidas. Ele não tem medo de entrar lá e tentar nocautear o adversário. Eu não acredito que isso irá mudar. Eu quero fazer ele trabalhar nesta luta. Fico feliz por ter cinco rounds com ele. Mesmo na minha idade (Henderson tem 45 anos), eu prefiro lutar cinco rounds e vencer Belfort ao final deles. Eu gostaria de finaliza-lo, se possível em segundos, mas estou preparado para lutar cinco rounds. Ficaria feliz das duas formas. Desde que eu o derrote, estarei feliz”, concluiu o norte-americano.