Algoz de Renan Barão defende cinturão do UFC contra "imitação" de McGregor
O duelo entre TJ Dillashaw e Dominick Cruz pelo cinturão peso galo do UFC, que acontecerá neste domingo (17), em Boston (EUA), marcará um duelo de gerações na categoria. De um lado, o primeiro campeão da organização. Do outro, o atual campeão e o homem a quebrar a sequência de 33 vitórias consecutivas de Renan Barão e derrota-lo duas vezes de forma amplamente dominante.
A disputa de cinturão terá um sabor especial para Dominick Cruz. O atleta norte-americano era o campeão da categoria até outubro de 2011, quando derrotou Demetrious Johnson, que é o atual campeão peso mosca. No entanto, uma sequência de lesões nos ligamentos do joelho deixou Cruz afastado do octógono por três anos. Enquanto isso, TJ Dillashaw ascendeu ao posto mais alto da categoria, com um jogo muito semelhante ao do ex-campeão. Mas, na noite deste domingo, Dillashaw promete uma postura diferente para bater o rival.
“Eu espero fazer uma luta atrativa para o público, com muito trabalho. Como eu sou o campeão, não vou pressiona-lo e nem serei agressivo. Vou procurar uma oportunidade em um erro dele e aproveitar para nocautear”, declarou o campeão em entrevista ao UOL Esporte.
Desde que foi confirmado como próximo desafiante ao cinturão de Dillashaw, Dominick Cruz começou a provocar o compatriota, dizendo que ele era uma imitação sua e que havia copiado seus movimentos para conseguir chegar ao título do UFC. Porém, Dillashaw ignora as provocações do adversário e inclusive o comparou a outro falastrão que tem feito sucesso na atualidade: o irlandês Conor McGregor.
“Eu nunca vi ele falar tanto antes de uma luta como está falando agora. Ele está tentando me minimizar, mas ele não será o Conor McGregor”, avaliou o campeão, que não descarta subir de categoria para enfrentar o irlandês em uma possível superluta.
“O Conor vai lutar pelo título dos leves agora, então precisamos esperar para ver o que vai acontecer. Ele trouxe muita atenção para o esporte, e isso é bom, mas eu não concordo com a forma que ele desrespeita os lutadores e age fora do octógono. Isso não é uma postura de um atleta marcial”, criticou Dillashaw, que não vê possibilidades de disputar o cinturão dos penas e manter o dos leves.
“Todo mundo teve que abrir mão do cinturão e mudar de categoria. O McGregor só manteve o cinturão dos penas porque ele está trazendo muita atenção para o esporte”, considerou Dillashaw.
Promessa brasileira ganha elogios do campeão
Enquanto uma possível superluta contra Conor McGregor parece algo distante, outros adversários já aparecem no horizonte de Dillashaw em busca de uma possível disputa de cinturão: o norte-americano Urijah Faber e a promessa brasileira Thomas Almeida.
De acordo com o campeão, uma luta contra Urijah Faber é algo mais próximo de acontecer, já que ambos trocaram farpas publicamente após Dillashaw deixar a academia Alpha Male, fundada pelo compatriota. Já Thomas Almeida tem se credenciado ao posto de desafiante por suas boas atuações, já que conquistou três prêmios de performance da noite e um por luta da noite em quatro exibições.
“A luta contra o Faber deve acontecer. Ele quer uma luta pelo cinturão, e acaba falando muito para conseguir as grandes lutas. Já o Thomas está indo bem, é um lutador duro. Mas não sei (quem será o próximo desafiante), não ponho muita atenção e não me preocupo muito. O Faber está falando muito, mas tem muita gente no radar”, concluiu o campeão.
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