Dileno Lopes planeja "lutar como nunca" para não depender de juízes no UFC
Após quase um ano de espera, enfim Dileno Lopes enfim voltará ao octógono. Derrotado na final do TUF Brasil 4, disputada em 1º de agosto de 2015, o peso galo brasileiro enfrentará Anthony Birchak no dia 7 de julho em uma luta que, por suas palavras e pelo histórico do rival, tem tudo para ser uma das mais explosivas da noite em Las Vegas.
Em entrevista ao UOL Esporte, Dileno disse que não pretende deixar a decisão para os juízes, como aconteceu na sua derrota para Reginaldo Vieira na final do reality-show durante o UFC 190. “Vou ter que lutar como nunca lutei na minha vida. Primeiro eu não vou deixar cair nas mãos dos árbitros. Vou tentar finalizar, tentar o nocaute...”, planejou.
Já seu adversário, Anthony Birchak, tem três lutas pela organização. Nenhuma passou do primeiro round. Ganhou de Joe Soto por nocaute, mas caiu diante de Ian Entwistle por finalização e acabou no chão após uma sequência e socos do brasileiro Thomas Almeida em sua última luta, no UFC de novembro de 2015 disputado em São Paulo.
Retrospecto que, na avaliação de Dileno, pode favorecê-lo. “É igual cachorro louco. Eu não sei qual a ideia dele, sei que gosta de trocar, mas não sei se vem para a trocação franca. Ele tem duas derrotas, então para ele é um tiro no escuro. Já perdeu mais que ganhou. Já eu estou chegando agora”, disse.
A estreia de Dileno fora do Brasil pelo UFC não será realizada em qualquer evento. O FC Fight Night: Dos Anjos vs. Alvarez abrirá na quinta-feira uma sequência de três noites de lutas que culminará com o UFC 200, no dia 9 de julho. Todas as atenções do MMA estarão voltadas para os dias que prometem ser históricos em Las Vegas.
“É a minha primeira luta internacional, uma coisa que sempre sonhei. Vai ser uma semana inteira de UFC, vou me sentir em casa. Já estou preparado, então é só chegar lá e completar a missão, fazendo bem o meu trabalho. Estou mais preparado, mais focado”, disse.
Apesar da derrota para Reginaldo Vieira na final do TUF Brasil, apenas a segunda em sua carreira no MMA, Dileno não enxerga o duelo como uma tentativa de recuperação. Com 28 anos e buscando o “máximo de vitórias para ficar o máximo no UFC”, o brasileiro acredita que deixou ótima impressão no octógono.
“Eu sempre digo que eu não tive uma derrota, mas uma conquista. Não me dei como derrotado. A gente (ele e Reginaldo Vieira) lutou muito, queríamos deixar tudo de nós. Era uma luta pelo título, queríamos mostrar para todo mundo e fazer uma grande luta. Eu não vejo como derrota. Só me deu mais incentivo, mais foco”, disse.
Nascido e desenvolvido no chão em Amazonas
Dileno Lopes nasceu da cidade de Manacapuru, no Amazonas, e é especialista em jiu-jitsu. “Eu nasci para o chão”, gosta de dizer o lutador, que promete estar forte também na trocação. “Meu foco na preparação é mais no boxe, no muay-thai. No chão eu já tenho de berço”.
Conterrâneo de José Aldo, ele diz que mantém boa relação e vê o ex-campeão do UFC como um lutador para se espelhar. Curiosamente, Aldo voltará ao octógono dois dias depois de Dileno, no card principal do UFC 200.
“Quando nos vemos, sempre conversamos. É um grande parceiro. Ele sempre é muito muito carinhoso comigo e é espelho para todo mundo, que se prepara como atleta mesmo. Está bem mais adiantado do que eu, mas é um cara inspirador”, conta.
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