Cyborg rejeita ser a cara do MMA e diz que luta por cinturão é só mais uma
Há quem diga que Cris Cyborg é a melhor lutadora de artes marciais mistas de todos os tempos. É verdade que a conquista do cinturão do UFC - maior organização do mundo - pode ajudar muito nessa consolidação, mas, sem Ronda Rousey, seria ela a cara do MMA feminino? A resposta é não. Pelo menos é isso que garante a própria brasileira.
"Acredito que o MMA feminino não pode ser só um rosto. Eles fizeram muito o rosto ser a Ronda, mas quando ela perdeu, duas vezes, não quis mais voltar. E agora? O rosto são todas as meninas, não pode ser só um rosto, não dá para fazer isso. Represento todas as mulheres, e todas as mulheres me representam. É ruim ter só um rosto", disse Cyborg em uma conversa com a imprensa brasileira nesta terça-feira (18).
Cyborg voltará ao octógono no UFC 214, no próximo dia 29 de julho, em Anaheim, na Califórnia (EUA), em um dos eventos mais importantes do ano. Essa será a primeira vez que ela lutará na organização na sua categoria de origem, o peso-pena feminino (até 65,8 kg).
Apesar dessa ser sua primeira disputa de cinturão no Ultimate, a brasileira trata a disputa como só "mais uma", já que era a dona do título do Invicta FC - abriu mão do posto sem nunca ter perdido.
"Na verdade, trato essa luta no UFC como uma defesa de cinturão, eu não perdi, eu deixei vago. Então, é uma defesa de cinturão. Algumas pessoas podem até olhar com mais valor, acham que vale mais, mas, para mim, é apenas mais uma defesa. Treino sempre como a número 1 da divisão, então, é apenas mais uma em minha carreira", acrescentou a brasileira.
A princípio, Cyborg enfrentaria Megan Anderson pelo cinturão dos penas, já que Germaine de Randamie, primeira campeã da divisão, se recusou a defender o título contra a brasileira. No entanto, faltando praticamente um mês para o combate, ela teve sua adversária alterada por um problema de documentação da australiana. Assim, Tonya Evinger, campeã peso-galo (até 61 kg) do Invicta FC, aceitou subir de categoria e encarar um novo desafio. A atitude da norte-americana foi elogiada por Cris.
"Na verdade, a Tonya ter aceitado a luta salvou a gente. Foi em cima da hora, uma irresponsabilidade da Megan... Ainda bem que ela aceitou", disse, antes de negar qualquer vantagem por conta do tempo de preparação. "Não é vantagem, precisa respeitar o adversário, luta é luta. Você precisa estar preparado para tudo que possa acontecer. Preciso estar preparada para os cinco rounds", complementou.
Além de Cyborg e Tonya Evinger, o UFC 214 terá outras duas disputas de cinturão: Tyron Woodley fará sua terceira defesa no meio-médio (até 77 kg), desta vez contra o brasileiro Demian Maia, e, na principal luta da noite, Jon Jones voltará ao Ultimate para tentar retomar a coroa de campeão dos meio-pesados (até 93 kg), posto que hoje pertence ao rival Daniel Cormier.
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