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Perto de título inédito, Dos Anjos se sentia "à beira da morte" nos leves

Rafael dos Anjos comemora vitória sobre Robbie Lawler no UFC Winnipeg - Bruce Fedyck-USA TODAY Sports
Rafael dos Anjos comemora vitória sobre Robbie Lawler no UFC Winnipeg Imagem: Bruce Fedyck-USA TODAY Sports

Vanderson Pimentel

Do UOL, em São Paulo

08/06/2018 11h00

Mesmo sendo menor que grande parte dos lutadores dos meio-médios, Rafael dos Anjos se reencontrou na categoria. Desde de que deixou os pesos leves, o brasileiro teve três grandes vitórias e terá a oportunidade de disputar o cinturão interino da categoria até 77 kg no UFC 225, em Chicago, no próximo sábado (9), contra Colby Covington.

Apesar das dificuldades em enfrentar lutadores com cerca de 10 centímetros a mais, RDA teve muito sucesso ao derrotar com sobras Tarek Saffiedine, Neil Magny e o ex-campeão Robbie Lawler. Atualmente, o brasileiro é o primeiro colocado do ranking da categoria, atrás apenas de Tyron Woodley, dono do cinturão linear.

A mudança não foi fácil. Ex-campeão dos leves, Rafael deixou a categoria duas lutas depois de perder o cinturão para o americano Eddie Álvarez. Entretanto, Dos Anjos afirmou que o processo de corte de peso acabava com a sua saúde física e mental. 

"Realmente eu me sentia à beira da morte algumas vezes (ao perder peso para lutar nos leves). É uma sensação muito ruim, e agora estou no meu peso mais natural. Por mais que eu tenha que perder um pouco, é algo mais saudável nos meio-médios", relembrou em entrevista ao UOL Esporte.

Na co-luta principal do evento, Rafael terá a oportunidade de disputar o seu segundo cinturão da categoria contra o falastrão Colby Covington. Focado em fazer uma boa luta, o brasileiro disse que tentará deixar as declarações de Chaos, que já chamou os brasileiros de "animais imundos", para trás.

"Acho que ninguém quer ganhar mais essa luta do que eu. É isso que eu tenho na minha cabeça. Por mais que os fãs estejam amarradões, esperando essa luta, ninguém quer mais esse cinturão do que eu", explicou.

Aos 33 anos, o brasileiro revelou por quê acha que será o primeiro brasileiro a conquistar o cinturão dos meio-médios do UFC. "Acho que eu tenho muita experiência. Minha experiência fará a diferença e minha movimentação e energia, e vou trazer isso. Puxar um ritmo forte".