O que Bate-Estaca pretende fazer para se tornar ícone após título no UFC?
No mesmo dia em que lendas como Anderson Silva e José Aldo foram facilmente superados, nasceu a mais nova campeã do UFC no Brasil. Jessica "Bate-Estaca" Andrade conquistou o cinturão do peso-palha no último sábado (13) e agora tem a missão de voltar a popularizar o esporte e se tornar um ícone tal qual um dia a dupla de lutadores foi no país.
Antes da paranaense, Amanda Nunes e Cris Cyborg já haviam sido campeãs na categoria feminina, porém, até o momento, não conseguiram atingir um alto grau de popularidade como outros brasileiros.
Continuar no Brasil
Bate-Estaca, no entanto, já tem traçada algumas diretrizes para fazer diferente. Entre as principais, está a decisão de continuar treinando e morando no Brasil.
"Acredito que o primeiro passo é continuar no Brasil treinando na minha academia (PRVT - Paraná Vale Tudo). Todo mundo se torna campeão e vai para fora do país, e acaba que seu público não te vê na televisão, na mídia, essas coisas... Ficar no Brasil já é um grande passo. Agora vai ficar um pouquinho mais difícil de andar na rua, mas não tem problema não (risos)", disse a lutadora, que atualmente mora e treina em Niterói (RJ).
Dialogar com o popular
Se Jessica está disposta a dialogar com o povo, deu um tiro em cheio ao participar na manhã de ontem (13) do programa "Mais Você", da TV Globo, comandado pela apresentadora Ana Maria Braga e que tem um perfil voltado para um público com pouca afeição ao UFC e o MMA.
Carismática, demonstrou desenvoltura no café da manhã com a estrela global e nas tabelinhas com "Louro José", o personagem fictício que acompanha a apresentadora há anos.
Com um tempo livre para descanso após o UFC 237, Bate-Estaca irá encarar uma maratona de compromissos na mídia, com uma série de entrevistas em vários meios de comunicação.
Falar inglês
Os planos de Jessica não se prendem ao Brasil por mais que ela tenha decidido continuar no país. A lutadora de 27 anos mergulhará de cabeça em um curso de inglês pois deseja ter uma relação mais estreita com o público estrangeiro e os executivos do UFC.
"Já era uma coisa que eu vinha falando com o mestre e vínhamos galgando. Depois desse cinturão, vamos ter um tempinho para descansar e vamos fazer um curso de inglês, ficar um tempo lá nos Estados Unidos... Temos que saber falar, ou ao menos entender, até para falar com o patrão (Dana White). Meu próximo passo é aprender a falar em inglês", declarou.
Fazer mais lutas no Brasil
No que depender de Jessica, ela fará mais lutas no Brasil. A paranaense curtiu a experiência de ter a Jeunesse Arena, na Barra Tijuca (RJ), toda a seu favor no último sábado, quando conquistou o título.
"Foi uma experiência incrível. Quando entrei por aquele corredor, não sabia se ria, se chorava, se me concentrava. Foi emocionante. E pela primeira vez consegui, durante a luta, ouvir as pessoas gritando: 'Vai, Jessica! Acerta ela! Derruba ela! Você vai ganhar, Jessica!". Se depender de mim, quero lutar muitas e muitas outras vezes no Brasil", disse.
Preparação para defender o cinturão
As escolhas extra octógono serão importantes, mas de nada adiantarão se ela não conseguir dar sequência na defesa de seu cinturão. A próxima adversária ainda é incerta, mas Bate-Estaca acredita e está disposta a enfrentar Rose Namajunas numa revanche, embora a americana tenha dado a entender que pode se aposentar precocemente após a derrota no UFC Rio.
"Para mim foi muito bom lutar com a Rose. Consegui ver e sentir em detalhes a mão dela. Com certeza o UFC vai querer dar uma revanche para ela e eu aceito. Vou estar bem preparada", disse.
Comunicada sobre a entrevista de Namajunas cogitando uma aposentadoria, Jessica demonstrou preocupação.
"Eu não sabia disso. A gente fica triste. Ela é uma grande lutadora. Eu vi o quanto ela evoluiu de lá para cá. É meio ruim ver uma menina com tanto talento se aposentar, mas cada um sabe de si. Cada um tem sua escolha. Se ela escolher não lutar, vou ficar triste de não fazer essa revanche", opinou.
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