"Rondinha de BH" se inspira na ex-campeã para estreia no MMA profissional
O Brasil está vivendo a melhor fase do MMA feminino, atualmente com três cinturões do UFC. Com isso, novos nomes começam a surgir, muitos deles decorrentes da era pós-Ronda Rousey. Um exemplo disso é Stephanie Bruna, conhecida como "Rondinha de BH", que fará sua estreia no profissional no próximo dia 15.
"Ganhei este apelido do meu primeiro professor de jiu-jitsu. Na academia, todo mundo tinha um e, logo no segundo dia de aula, ele achou que eu era parecida com a Ronda e começou a me chamar assim", revelou a lutadora para o UOL Esporte.
Aos 19 anos, a mineira não quer que as semelhanças entre elas sejam somente na aparência física. "Eu me inspiro nela, foi a primeira mulher a lutar no UFC. Abriu portas para nós mulheres estarmos lutando agora no maior evento do mundo. Foi campeã e fez história. Assim como ela, eu também quero ser campeã e fazer a minha história. Também me inspiro no estilo de luta dela, as quedas de judô eram excelentes, principalmente as visões que ela tinha nas finalizações depois das quedas".
Natural da capital de Minas Gerais, Stephanie é faixa azul em jiu-jitsu e vem de 5 vitórias consecutivas no MMA amador. Agora, estará no card preliminar do Federação Fight X, em Belo Horizonte e enfrentará Viviane Adne na categoria 52kg.
"Meu mestre me colocou para estrear no profissional no momento certo, confio muito nele. O que muda do amador para o profissional é o tempo. Então, a gente estava focado em treinar os três rounds de cinco. Agora é finalizar o camp e tirar o peso", disse.
Rondinha começou a praticar MMA em janeiro de 2017 com o mestre César Augusto Cunha Dias, o Gordim, quem ela considera ser o grande responsável por tornar possível sua recém-iniciada carreira na luta.
"Ele é a pessoa que mais acredita em mim, foi o primeiro a falar que eu conseguiria chegar lá. Não tenho apoio de ninguém. Ainda não ganho dinheiro com meu trabalho por ser atleta amadora. A academia onde treino é longe da minha casa. Não tenho condições de pagar a passagem. Ele me ajuda com o dinheiro para eu ir treinar. Sem ele, acho que não conseguiria treinar todos os dias".
Sobre a boa fase das brasileiras no UFC, Stephanie destaca: "Eu acho o máximo a mulherada estar se destacando no UFC. Todas são guerreiras, merecedoras de serem campeãs. Minas Gerais também está se destacando. Amanda Ribas vai estrear no mês que vem e a Norma Dumont também acabou de ser contratada pelo UFC, ela é da minha equipe. Quero futuramente também assinar esse contrato".
Focada em começar com o pé direito no profissional, ela já traça suas metas: "Quero fazer um bom trabalho, fazer um bom jogo tanto no solo como em pé e começar bem a minha história".
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