Durinho impressiona no mais duro teste e pedido após luta já é justo
Gilbert Burns, o Durinho, impressionou em sua vitória na noite de sábado, em Las Vegas, contra Tyron Woodley, neste que pode ser considerado o maior teste de sua carreira no MMA. O pedido por disputa de cinturão dos meio-médios do UFC já é justo por suas performances, e o possível impeditivo para isso, o companheirismo de treino com o campeão Kamaru Usman, já não existe para o brasileiro como demonstrado em sua fala após o triunfo deste fim de semana.
Burns demonstrou neste combate habilidades em grande evolução na sua carreira, e a forma como ganhou de um ex-campeão da categoria (recente, até pouco mais de um ano atrás) chega a impressionar pelo repertório amplo e supremacia em uma área de domínio do americano; a trocação.
Nem o mais otimista torcedor de Durinho imaginaria que o caminho da vitória seria também por cima, mesmo mostrando já nas últimas lutas evolução nisso, como no nocaute sobre Demian Maia no triunfo anterior. Mas a potente direita de Woodley, outro tipo de lutador, era algo mais intimidador. Só que esqueceram de avisar o brasileiro, que não tomou conhecimento do rival na troca de golpes.
Ao contrário do que se imaginava, não buscou apenas a queda e o jogo de chão no jiu-jítsu que o levaram para o MMA. Até fez isso de maneira inteligente, não telegrafada, mas dominou em tudo: deu knock-down pelo alto, derrubou com queda rápida e certeira e foi cirúrgico no jogo na grade. Até absorveu bem os golpes que sofreu pelo alto. Durinho surpreendeu por mostrar alto nível no seu mais difícil teste.
O rápido jogo de pernas e movimentação das mãos quebraram o americano em suas tentativas para armar seus socos. Woodley foi encurralado quase o tempo todo andando para trás. Passou longe de conseguir intimidar, diante de um brasileiro que só ganhava mais confiança.
Durinho ganhou de Woodley com a mesma superioridade que Usman o fez quando tirou o cinturão do americano. Este combate, por quesitos técnicos, já merece ocorrer.
O desafio ao nigeriano já foi amostra de que o fato de treinarem juntos e haver respeito pelo companheiro já não é problema para Durinho. "Vocês que fazem o ranking, eu quero ver o meu número no número 1 segunda-feira. Eu amo o campeão, que é meu parceiro de time, mas me dê uma chance. Tenho muito respeito por você, Kamaru Usman, mas eu estou aqui. Se quiser lutar em julho, vamos lá. Eu quero lutar pelo Brasil".
Resta saber se Kamaru e o UFC acham que já é a hora. Entre os ranqueados, acima de Durinho (hoje, o sexto, mas após a vitória vai subir), apenas Jorge Masvidal pode concorrer ao posto de próximo postulante pelos últimos combates. Agora é aguardar se o brasileiro já fura fila direto rumo à luta pelo título ou se terá mais um oponente antes - o próprio Masvidal, Sthephen Thompson, Colby Covington e Leon Edwards seriam as opções.
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