Moral de McGregor com UFC pode fazer Anderson realizar sonho de superlutas
O informal acordo entre Anderson Silva e Conor McGregor para uma luta casada entre os dois soaria como algo impossível de ser realizado. Afinal, o brasileiro já lutou nos médios (até 83,9kg) e meio-pesado (até 93kg), enquanto a luta mais pesada que o irlandês fez foi contra Nate Diaz, no meio-médio (77,6kg). Mas uma coisa que foi deixada clara nos últimos anos é que não existe impossível para McGregor no UFC.
Tratado como uma joia por Dana White desde que entrou na organização, o irlandês virou uma máquina de gerar dinheiro com seu estilo provocativo e o poder de nocaute. Vale lembrar que ele precisou de 13 segundos para derrubar um campeão dominante como José Aldo. Assim, foi ganhando cada vez mais espaço na organização e ditando os rumos de seu próprio caminho.
McGregor teve praticamente tudo que pediu para o UFC desde que virou campeão. Com o título dos penas (até 65,8kg) na cintura, foi enfrentar Nate Diaz nos meio-médios após a lesão de Rafael dos Anjos, então campeão dos leves. Foi finalizado no segundo round, na primeira derrota da carreira. Pediu a revanche e conseguiu. Para os penas nunca mais voltou.
Decidiu subir de divisão e ganhou o cinturão dos leves que pertencia a Eddie Alvarez. Depois, foi lutar boxe em um combate milionário com Floyd Mayweather Jr., ex-campeão de boxe e que estava aposentado há dois anos.
O moral que McGregor tem com o UFC pode ser o fiel da balança caso ele realmente queira enfrentar Anderson Silva em um peso casado de 80kg. Dois grandes vendedores de pay-per-view juntos gerariam muito dinheiro e teria potencial suficiente para encabeçar algum grande card do UFC. Por tabela, o irlandês ajudaria o brasileiro.
Anderson Silva foi por muito tempo o "cara" do UFC. Era um campeão dominante nos médios, vendia pay-per-view como poucos, mas nunca conseguiu convencer a organização de lhe deixar fazer uma superluta.
Seu maior sonho era enfrentar no boxe o ex-campeão Roy Jones Jr., seu grande ídolo. O UFC vetou, mesmo anos depois liberando uma mudança de modalidade para McGregor.
"A diferença é a magnitude do evento. Roy Jones já estava muito longe de seus grandes dias, temos agora a situação de ter o maior boxeador de todos os tempos e um dos mais interessantes personagens entre todos os esportes, uma das grandes estrelas do UFC. Era uma situação única, com o público empolgado com esse evento", explicou Lawrence Epstein, então vice-presidente executivo do UFC, ao UOL, em 2017.
Durante os anos de domínio de Anderson Silva, outras superlutas foram cogitadas, contra Georges St-Pierre, então campeão dos meio-médios, e Jon Jones, dono do cinturão dos meio-pesados. Mas nenhuma teve uma pressão tão grande a ponto de fazer o UFC ceder.
Na época do brasileiro, não era comum lutadores subirem ou descerem de divisões para enfrentar outros campeões. Desde que McGregor chegou, a história mudou e, anos depois, pode beneficiar o próprio Anderson Silva.
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