Palestras e Brasileirão de MMA: O que Minotouro pretende após aposentadoria
Rogério Minotouro encerrou a sua carreira no MMA após derrota, por decisão dividida, para Mauricio 'Shogun' Rua, há duas semanas, no UFC Fight Night 174. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o ex-lutador falou sobre os seus projetos para o futuro agora como aposentado e a decisão polêmica que envolveu sua última luta no UFC.
"Eu tenho em mente alguns projetos. Desde 2011 tenho projetos sociais e comecei a fazer palestras para empresas de telecomunicações. Começou como um hobby e terminou que virou um trabalho, um roteiro e passaram a me ligar pedindo para palestrar nas empresas. Ser palestrante acabou se tornando uma profissão (risos)", afirmou.
"Em relação à palestra, fazemos um trabalho de retenção através da parte motivacional, saúde, hábito. A palestra acabou virando um evento, um treinamento de 3 dias, que recebeu o nome de 'Desperte o Campeão'. Estamos fazendo ele agora online, por conta da pandemia. Nos próximos dias 10, 11, 12 das 19h às 22h, será gratuito, para falar sobre ter vida mais produtiva e como 'despertar o campeão' dentro das pessoas", completou.
O ex-lutador ainda afirmou que viu muitas pessoas desanimadas durante a pandemia do novo coronavírus, por motivos como perda do trabalho ou falência em seu negócio. De acordo com Minotouro, a palestra serve para motivar essas pessoas e fazerem elas 'despertarem' o campeão que existe dentro delas.
"Parte desse evento vai falar sobre mentalidade, resiliência, como não desistir. Eu não vou estar sozinho nas palestras, estarei com um coach que trabalha comigo há muitos anos, o Mamá Brito e a empresária Clemilda Tomé. Nosso intuito é "despertar o campeão" no pai de família que está desempregado e tem pessoas que dependem dele e do jovem que acabou de perder seu emprego por conta da pandemia. Queremos falar sobre o 'não desistir', finalizou.
Minotouro ainda revelou que tem um projeto que pode se assemelhar ao Campeonato Brasileiro de futebol. O torneio contará com diversos atletas de estados diferentes do país e uma promessa do ex-lutador é que haverá muita interação com o público. A promessa é de que a competição 'mexerá com o formato do esporte no Brasil'.
"Tenho um projeto de MMA, uma espécie de 'Brasileirão de MMA', onde vão ter pessoas de vários estados e cidades. Acho que falta isso, mexer o formato, vai ter muita interação, projeto de estúdio. Vai mexer com a cara do esporte do país, descobrir um pouco mais gente. Sou empresário de atletas, acho que o atleta precisa entender mais sobre a imagem, ele é um produto, precisamos treinar esses atletas em relação à imagem, aprender a falar e dar entrevista, valorizar cada luta e cada entrevista. É importante investir em um evento para descobrir uns novos atletas. A gente é conhecido lá fora como povo que tem coração, todos sabem que o brasileiro dá o sangue", revelou.
Além desses projetos, Rogério é embaixador do MMA Social, que tem como objetivo ajudar as pessoas a combater o coronavírus. O intuito é reunir doações que serão entregues a famílias de projetos sociais parceiros, que utilizam as artes marciais como forma de transformação e inclusão social.
O resultado da sua última luta levantou muita discussão. Muitos torcedores acreditam na vitória de Minotouro diante de Shogun. Na visão de Rogério, ele também acredita que saiu vitorioso do combate. Ele também falou o motivo de ter abaixado tanto o ritmo no terceiro round.
"Eu ganhei com certeza o primeiro round, fui dominante. No segundo round eu vi minha vitória, porque entrei com a queda, foi uma defesa que eu fiz que derrubou ele, fiz um ground and pound, bati nele, para mim foi determinante para dominar aquele round. Já no terceiro round, eu havia recebido do meu corner que havia ganhada o primeiro e o segundo e aí eu pensei: "pra ele ganhar de mim, só se me derrubar". Só administrei e no final ele me derrubou, eu acho que ele ganhou o terceiro round. Infelizmente eu caí por baixo, ele me ganhou o terceiro, não discuto isso. No mínimo um empate, não entendi um dos juízes que deu o segundo round para ele", disse.
"Eu saí bem pela visão das pessoas me falavam que eu aguentava mais duas ou três lutas, a gente fez uma boa luta. Eu acho que não parei mal minha carreira, eu ainda tenho condições de lutar, mas acho que chegou a hora, tenho 44 anos. Quero aproveitar que tô bem e fiz uma luta boa. A sensação de não ter conseguido a vitória é ruim, mas poderia ali no último round dar um gás a mais, mas foi uma questão de estratégia", concluiu.
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