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Prêmio de US$ 1 milhão e instinto competitivo: Werdum explica ida à PFL

Fabrício Werdum, durante a assinatura do contrato com a PFL - Divulgação/PFL MMA
Fabrício Werdum, durante a assinatura do contrato com a PFL Imagem: Divulgação/PFL MMA

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

09/12/2020 04h00

Fabrício Werdum surpreendeu quando anunciou a assinatura do contrato com a PFL, uma liga ainda muito nova de MMA, criada apenas em 2017. Desde que deixou o UFC, o brasileiro dava indícios de que se juntaria ao Bellator, onde poderia fazer a revanche contra Fedor Emelianenko. Mas o formato da PFL, que dá um prêmio de US$ 1 milhão (R$ 5,12 milhões) ao campeão, e a oportunidade de ser embaixador da empresa fez com que o "Vai, Cavalo" mudasse de ideia.

"A gente chegou a negociar com outras organizações, como o Bellator, mas o que a gente mais gostou de ouvir foi a PFL. Eles têm esse formato de competição e eu sou um cara muito competitivo. Gosto dessa ideia de vencer uma luta e se classificar para a próxima", explicou.

O diferencial da PFL é o formato criado para definir o seu campeão. A organização divide seus lutadores em seis divisões de peso. Para se classificar para o mata-mata do torneio, é necessário vencer duas lutas na "temporada regular" e somar pontos. Assim como no futebol, a vitória dá três pontos e o empate, um. Além disso, há pontos extras por vitórias antes do fim: três pontos por triunfo no primeiro round, dois se for no segundo e um se for no terceiro.

Classificados para o mata-mata, os lutadores são divididos em chaveamentos desde as quartas de final. Quem vencer as três lutas, fica com o cinturão e o prêmio de US$ 1 milhão (R$ 5,12 milhões). O torneio todo acontece entre abril e junho.

"Não tem como não se motivar com um prêmio de US$ 1 milhão. Lembro quando era pequeno e nos filmes sempre falavam em ganhar 1 milhão de dólares, ter 1 milhão de dólares. É algo que te dá uma motivação a mais, faz uma diferença".

O prêmio de US$ 1 milhão é um extra para os lutadores do evento, que também recebem bolsas para cada luta que fazem, como acontece nas organizações tradicionais. No caso de Werdum, ele afirma que a negociação foi boa por causa da vitória sobre Alexander Gustafsson, em sua despedida do UFC.

"A parte financeira foi muito boa também, ainda mais porque eu vou ser o representante da PFL pelo mundo, um embaixador, para divulgar bastante o evento. Eles vão me pagar por isso também. Como eu saí do UFC muito bem, a negociação fica muito boa também. É assim que funciona. Se eu tivesse saído com uma derrota, seria outra história, outros valores. Isso pesou muito", explicou.

Na PFL, Werdum deverá voltar a atuar como comentarista. O brasileiro trabalhou na função por oito anos no UFC, mas fazendo comentários em espanhol. A atividade fez com que ele se tornasse bastante querido no México e dividido a torcida quando enfrentou Cain Velásquez e conquistou o cinturão do UFC no país.

"A gente está com esse projeto de ser comentarista. Além disso, como embaixador, vou ter a chance de levar uma edição da PFL para o Brasil ou para algum lugar da América Latina".

Sem lutar desde julho, Werdum voltará ao ringue apenas em abril, quando fará sua estreia pela organização, ainda sem adversário definido. Até lá, ele se prepara para enfrentar Anthony Johnson, no dia 20 de dezembro, em um evento de grappling organizado por Chael Sonnen.