Brasil tem a pior atuação no Mundial de natação em dez anos
Agência Folha
Em São Paulo
O Brasil terminou neste domingo, em Fukuoka, no Japão, com o pior resultado na natação em um Mundial de Desportos Aquáticos nos últimos dez anos.
Desde Barcelona-92, o país sempre conquistou medalhas em Jogos Olímpicos e Mundiais.
A exceção foi no Mundial de Perth, na Austrália, em 98. Desta vez, porém, o Brasil conseguiu classificar menos atletas para as disputas das finais do que Perth.
E a justificativa para o insucesso é a mesma usada após 98: o país passa por fase de renovação.
Em Fukuoka, o Brasil conseguiu duas finais, que reúne os oito mais rápidos de cada prova. Na Austrália, foram cinco.
A primeira final em Fukuoka foi obtida pela equipe masculina no revezamento 4 x 100 m livre, prova na qual o Brasil conquistou o bronze em Sydney-2000.
Os brasileiros se classificaram com o sétimo tempo, completaram a final na sexta colocação, mas acabaram desclassificados por causa da queimada de Carlos Jayme, quarto nadador da equipe.
A outra final foi conquistada por Nayara Ribeiro, 17. Ela foi a primeira nadadora brasileira a obter vaga na final em um Mundial -foi nos 1.500 m livre.
O técnico de Nayara, Guilherme Argolo, disse acreditar que o Brasil pode apostar em uma nova geração. "Este desempenho é apenas um sinal de que existem outras atletas no Brasil, entre 15 e 17 anos, com futuro."
O presente, porém, mostra que o processo de renovação da natação brasileira ainda engatinha.
O principal nome do Brasil em Fukuoka foi o mesmo dos últimos dois Mundiais e das três últimas Olimpíadas: Gustavo Borges.
O nadador, que ficou em 12º lugar em sua principal prova, os 100 m livre, disse que sua meta é o Mundial de piscina curta (25 m), em Moscou (RUS), em 2002.
"Sabia que seria difícil conseguir mais de uma final em Fukuoka", disse Borges, 28, que após o torneio russo deve decidir se continua até o Jogos de Atenas-2004.
Os brasileiros podem argumentar que a dificuldade para se classificar para uma final aumentou, já que agora é necessário disputar as eliminatórias e as semifinais nas provas até 200 metros.
Mas o número de provas também aumentou. Agora são disputadas os 50 m nos quatro estilos, homens nadam 800 m livre, e as mulheres, 1.500 m livre.
As dificuldades do Brasil aumentam com a velocidade do desenvolvimento da natação.
Em Sydney-2000, foram estabelecidos 15 recordes mundiais. Em Fukuoka, mesmo no início de um novo ciclo olímpico como citam os brasileiros, foram mais oito.
O último foi do australiano Grant Hackett nos 1.500 m livre, com 14min34s56.
Nas outras modalidades do Mundial, porém, o Brasil conseguiu avanços. Nos saltos ornamentais, o país participou pela primeira de uma final. Juliana Veloso foi 10ª na plataforma.
Em São Paulo
O Brasil terminou neste domingo, em Fukuoka, no Japão, com o pior resultado na natação em um Mundial de Desportos Aquáticos nos últimos dez anos.
Desde Barcelona-92, o país sempre conquistou medalhas em Jogos Olímpicos e Mundiais.
A exceção foi no Mundial de Perth, na Austrália, em 98. Desta vez, porém, o Brasil conseguiu classificar menos atletas para as disputas das finais do que Perth.
E a justificativa para o insucesso é a mesma usada após 98: o país passa por fase de renovação.
Em Fukuoka, o Brasil conseguiu duas finais, que reúne os oito mais rápidos de cada prova. Na Austrália, foram cinco.
A primeira final em Fukuoka foi obtida pela equipe masculina no revezamento 4 x 100 m livre, prova na qual o Brasil conquistou o bronze em Sydney-2000.
Os brasileiros se classificaram com o sétimo tempo, completaram a final na sexta colocação, mas acabaram desclassificados por causa da queimada de Carlos Jayme, quarto nadador da equipe.
A outra final foi conquistada por Nayara Ribeiro, 17. Ela foi a primeira nadadora brasileira a obter vaga na final em um Mundial -foi nos 1.500 m livre.
O técnico de Nayara, Guilherme Argolo, disse acreditar que o Brasil pode apostar em uma nova geração. "Este desempenho é apenas um sinal de que existem outras atletas no Brasil, entre 15 e 17 anos, com futuro."
O presente, porém, mostra que o processo de renovação da natação brasileira ainda engatinha.
O principal nome do Brasil em Fukuoka foi o mesmo dos últimos dois Mundiais e das três últimas Olimpíadas: Gustavo Borges.
O nadador, que ficou em 12º lugar em sua principal prova, os 100 m livre, disse que sua meta é o Mundial de piscina curta (25 m), em Moscou (RUS), em 2002.
"Sabia que seria difícil conseguir mais de uma final em Fukuoka", disse Borges, 28, que após o torneio russo deve decidir se continua até o Jogos de Atenas-2004.
Os brasileiros podem argumentar que a dificuldade para se classificar para uma final aumentou, já que agora é necessário disputar as eliminatórias e as semifinais nas provas até 200 metros.
Mas o número de provas também aumentou. Agora são disputadas os 50 m nos quatro estilos, homens nadam 800 m livre, e as mulheres, 1.500 m livre.
As dificuldades do Brasil aumentam com a velocidade do desenvolvimento da natação.
Em Sydney-2000, foram estabelecidos 15 recordes mundiais. Em Fukuoka, mesmo no início de um novo ciclo olímpico como citam os brasileiros, foram mais oito.
O último foi do australiano Grant Hackett nos 1.500 m livre, com 14min34s56.
Nas outras modalidades do Mundial, porém, o Brasil conseguiu avanços. Nos saltos ornamentais, o país participou pela primeira de uma final. Juliana Veloso foi 10ª na plataforma.
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