Patrocínio leva Troféu Brasil de natação a Brasília e desagrada atletas
Por Guilherme Roseguini
Agência Folha
Em São Paulo
Utilizar o principal campeonato da natação do país como ferramenta política para perpetuar uma das parcerias mais longevas do esporte amador brasileiro.
É com esse objetivo que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) promove de terça a domingo, em Brasília, a 42ª edição do Troféu Brasil.
A escolha da capital federal faz parte de uma estratégia da CBDA para renovar o contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Iniciado em meados de 1991, o patrocínio rende R$ 4,5 milhões mensais à entidade.
"Decidimos realizar a competição em Brasília por uma questão política. Quero mostrar aos candidatos à presidência que o patrocínio dos Correios rendeu ótimos frutos para a natação e precisa ser renovado", disse Coaracy Nunes Filho, presidente da entidade.
Desde o início da gestão dos Correios, o Brasil obteve cinco medalhas em Olimpíadas, 13 em Mundiais e 39 em Pan-Americanos. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou que o retorno de visibilidade com o patrocínio é "muito bom" e que existe uma pré-disposição para renovação do contrato.
Nunes, porém, teme que o futuro presidente cancele o envio de recursos para a natação.
"Esse patrocínio é a espinha dorsal da CBDA. Não saberia o que fazer se não contasse com essa verba na próxima temporada".
Se agradou aos dirigentes, a escolha de Brasília não produziu o mesmo efeito nos competidores.
"A piscina não é das melhores, a umidade do ar é baixa e a altitude de Brasília é bem maior do que o nosso padrão", explicou o técnico do Flamengo, Reinaldo Dias.
Com 33 atletas, o Flamengo, clube que mais triunfou no evento -11 títulos- tenta quebrar um jejum que perdura desde 1991.
O custo da viagem à capital federal também prejudicou os times. O Troféu Brasil serve como seletiva para o Pan-Americano de 2003, na República Dominicana.
Agência Folha
Em São Paulo
Utilizar o principal campeonato da natação do país como ferramenta política para perpetuar uma das parcerias mais longevas do esporte amador brasileiro.
É com esse objetivo que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) promove de terça a domingo, em Brasília, a 42ª edição do Troféu Brasil.
A escolha da capital federal faz parte de uma estratégia da CBDA para renovar o contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Iniciado em meados de 1991, o patrocínio rende R$ 4,5 milhões mensais à entidade.
"Decidimos realizar a competição em Brasília por uma questão política. Quero mostrar aos candidatos à presidência que o patrocínio dos Correios rendeu ótimos frutos para a natação e precisa ser renovado", disse Coaracy Nunes Filho, presidente da entidade.
Desde o início da gestão dos Correios, o Brasil obteve cinco medalhas em Olimpíadas, 13 em Mundiais e 39 em Pan-Americanos. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou que o retorno de visibilidade com o patrocínio é "muito bom" e que existe uma pré-disposição para renovação do contrato.
Nunes, porém, teme que o futuro presidente cancele o envio de recursos para a natação.
"Esse patrocínio é a espinha dorsal da CBDA. Não saberia o que fazer se não contasse com essa verba na próxima temporada".
Se agradou aos dirigentes, a escolha de Brasília não produziu o mesmo efeito nos competidores.
"A piscina não é das melhores, a umidade do ar é baixa e a altitude de Brasília é bem maior do que o nosso padrão", explicou o técnico do Flamengo, Reinaldo Dias.
Com 33 atletas, o Flamengo, clube que mais triunfou no evento -11 títulos- tenta quebrar um jejum que perdura desde 1991.
O custo da viagem à capital federal também prejudicou os times. O Troféu Brasil serve como seletiva para o Pan-Americano de 2003, na República Dominicana.
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