Rio recebe etapa da Copa do Mundo sem as grandes estrelas da competição
Marcos Pereira
Em São Paulo
Desfalcada de grandes estrelas internacionais, a oitava etapa da Copa do Mundo de natação começa nesta sexta-feira, no parque aquático do Complexo Miécimo da Silva, no Rio de Janeiro. Nomes como os dos norte-americanos Ed Moses e John Lezak e do sul-africano Ryk Neethling, três primeiros colocados do ranking da competição, não estarão participando da finalíssima, que vai até domingo.
Moses ganhou os 50, 100 e 200 m peito nas etapas de Nova York, Moscou, Berlim e Estocolmo. Lezak ganhou cinco ouros nos 50 m livre e outros três nos 100 m livre, enquanto Ryk Neethling ganhou quatro ouros nos 200 m livre e mais um nos 400 m livre.
Entre as mulheres, também estão fora as três primeiras colocadas. São elas a eslovaca Martina Moravcova, ouro em quatro provas dos 100 m medley, três nos 100 m medley e uma 50 m livre, 100 m livre e 200 m livre, a australiana Petria Thomas, cinco ouros em provas de borboleta, e a romena Camelia Potec, quatro ouros em nado livre.
Com isso, o destaque fica para a natação brasileira, que tem a oportunidade de ganhar notoriedade no cenário internacional e, acima de tudo, experiência em grandes competições. Estarão presentes nove dos dez atletas que já têm índice para a Olimpíada de Atenas. A única ausência é Diogo Yabe, classificado nos 200 m medley, que está nos Estados Unidos, terminando uma etapa de seus estudos.
Um dos que já têm vaga assegurada em Atenas-2004 é Gustavo Borges, brasileiro com melhor retrospecto na Copa do Mundo. Ao todo, ele soma 30 medalhas, com 15 de ouro. Ele já foi vice-campeão da categoria velocista de nado livre, em 1998, e terceiro colocado nos 100 m livre, em 2000, perdendo para o húngaro Bela Szabados e para o australiano Ian Thorpe.
Para Gustavo, que é o atleta nacional com maior número de medalhas em Olimpíadas, a etapa carioca é uma grande chance para os brasileiros começarem a se integrar no mundo mais competitivo do esporte.
"Acho que é muito válido por ser uma competição internacional, tem premiação em dinheiro, dá uma movimentada no pessoal e também é a oportunidade de se familiarizar mais com as competições internacionais", afirmou Borges, que vai nadar apenas as provas de 50 m livre e 200 m livre.
"Queria completar uma semana forte de treinamento e ela acaba na sexta-feira. Por isso, conversei com meu treinador e achamos melhor não competir na sexta e no sábado de manhã. Foi só uma estratégia de treino", completou Borges, que está classificado em Atenas para os 100 m livre.
O velocista acredita que, no Rio de Janeiro, o Brasil começa a preparação final para os Jogos de Atenas. "Ainda temos algumas competições importantes no primeiro semestre, especialmente o Troféu Brasil, que é a última seletiva para a Olimpíada. Esse vai ser o momento mais decisivo."
Entre outros brasileiros com grande desempenho na Copa do Mundo e que competirão no Rio de Janeiro estão Jáder Souza, medalha de bronze nos 50 m livre em Moscou, Thiago Pereira, ouro nos 400 m medley em Durban, Lucas Salatta, ouro nos 200 m medley em Durban, e Joanna Maranhão, bronze nos 200 m medley e prata nos 400 m medley em Daejeon.
Programação
As provas serão divididas em duas partes. As eliminatórias acontecem nas tardes de sexta-feira e de sábado, enquanto as finais serão nas manhãs de sábado e de domingo. Para o supervisor-técnico de Natação da Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, o Brasil é o maior beneficiado com uma competição desse porte.
"O Brasil está distante dos países que dominam o esporte e, ao trazer a Copa do Mundo para cá, dá a oportunidade de colocar os atletas em contato com os principais nadadores do mundo", comenta. "Além disso, aproxima a modalidade do público, que passa a entander mais do assunto, e o nadador passa a aparecer mais para a mídia e para seu patrocinador."
Por ser a sétima vez que o Rio de Janeiro abriga uma etapa da competição, Moura acredita que o país já passa a ser visto com maior credibilidade. "Além de tudo isso, o país é beneficiado com o aparecimento de novas gerações, como no ano passado, quando foram revelados o Lucas Salatta e a Joanna Maranhão.
Estrangeiros
A Ucrânia chega ao Brasil com uma delegação reforçada. Estarão presentes Yana Klochkova, recordista mundial dos 400 m medley e quarta colocada no ranking da competição, e Oleg Ligosor, que ganhou medalha de ouro nos 50 m peito, 100 m peito e 100 m medley na etapa de Durban.
Outro grande nome da competição é a norte-americana Amanda Beard. No Mundial de Barcelona, ela venceu os 200 m peito e foi segunda dos 100 m do mesmo estilo. A sueca Johanna Sijöberg, recordista mundial do 4x50 e 4x100 m medley e medalha de bronze olímpica nos 4x100 m livre, e o romeno Dragos Comam, medalha de bronze nos 400 m livre em Barcelona, também estarão no campeonato.
George Bovell, de Trinidad e Tobago, destaque nos Jogos Pan-Americanos com ouro nos 200 m livre, 200 m medley e prata nos 100 m costas, será grande concorrente de Gustavo Borges, Rodrigo Castro e Thiago Pereira. Entre os argentinos, os melhores são Jose Meolans, rival de Jáder Souza, Fernando Scherer e Borges nas provas de curta distância, e Georgina Bardach, adversária de mesmo nível de Joanna Maranhão.
Em São Paulo
Desfalcada de grandes estrelas internacionais, a oitava etapa da Copa do Mundo de natação começa nesta sexta-feira, no parque aquático do Complexo Miécimo da Silva, no Rio de Janeiro. Nomes como os dos norte-americanos Ed Moses e John Lezak e do sul-africano Ryk Neethling, três primeiros colocados do ranking da competição, não estarão participando da finalíssima, que vai até domingo.
O americano Ed Moses, um dos três primeiros colocados do ranking da competição, não participará da finalíssima |
Entre as mulheres, também estão fora as três primeiras colocadas. São elas a eslovaca Martina Moravcova, ouro em quatro provas dos 100 m medley, três nos 100 m medley e uma 50 m livre, 100 m livre e 200 m livre, a australiana Petria Thomas, cinco ouros em provas de borboleta, e a romena Camelia Potec, quatro ouros em nado livre.
Com isso, o destaque fica para a natação brasileira, que tem a oportunidade de ganhar notoriedade no cenário internacional e, acima de tudo, experiência em grandes competições. Estarão presentes nove dos dez atletas que já têm índice para a Olimpíada de Atenas. A única ausência é Diogo Yabe, classificado nos 200 m medley, que está nos Estados Unidos, terminando uma etapa de seus estudos.
Um dos que já têm vaga assegurada em Atenas-2004 é Gustavo Borges, brasileiro com melhor retrospecto na Copa do Mundo. Ao todo, ele soma 30 medalhas, com 15 de ouro. Ele já foi vice-campeão da categoria velocista de nado livre, em 1998, e terceiro colocado nos 100 m livre, em 2000, perdendo para o húngaro Bela Szabados e para o australiano Ian Thorpe.
Para Gustavo, que é o atleta nacional com maior número de medalhas em Olimpíadas, a etapa carioca é uma grande chance para os brasileiros começarem a se integrar no mundo mais competitivo do esporte.
"Acho que é muito válido por ser uma competição internacional, tem premiação em dinheiro, dá uma movimentada no pessoal e também é a oportunidade de se familiarizar mais com as competições internacionais", afirmou Borges, que vai nadar apenas as provas de 50 m livre e 200 m livre.
"Queria completar uma semana forte de treinamento e ela acaba na sexta-feira. Por isso, conversei com meu treinador e achamos melhor não competir na sexta e no sábado de manhã. Foi só uma estratégia de treino", completou Borges, que está classificado em Atenas para os 100 m livre.
O velocista acredita que, no Rio de Janeiro, o Brasil começa a preparação final para os Jogos de Atenas. "Ainda temos algumas competições importantes no primeiro semestre, especialmente o Troféu Brasil, que é a última seletiva para a Olimpíada. Esse vai ser o momento mais decisivo."
Entre outros brasileiros com grande desempenho na Copa do Mundo e que competirão no Rio de Janeiro estão Jáder Souza, medalha de bronze nos 50 m livre em Moscou, Thiago Pereira, ouro nos 400 m medley em Durban, Lucas Salatta, ouro nos 200 m medley em Durban, e Joanna Maranhão, bronze nos 200 m medley e prata nos 400 m medley em Daejeon.
Programação
As provas serão divididas em duas partes. As eliminatórias acontecem nas tardes de sexta-feira e de sábado, enquanto as finais serão nas manhãs de sábado e de domingo. Para o supervisor-técnico de Natação da Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, o Brasil é o maior beneficiado com uma competição desse porte.
"O Brasil está distante dos países que dominam o esporte e, ao trazer a Copa do Mundo para cá, dá a oportunidade de colocar os atletas em contato com os principais nadadores do mundo", comenta. "Além disso, aproxima a modalidade do público, que passa a entander mais do assunto, e o nadador passa a aparecer mais para a mídia e para seu patrocinador."
Por ser a sétima vez que o Rio de Janeiro abriga uma etapa da competição, Moura acredita que o país já passa a ser visto com maior credibilidade. "Além de tudo isso, o país é beneficiado com o aparecimento de novas gerações, como no ano passado, quando foram revelados o Lucas Salatta e a Joanna Maranhão.
Estrangeiros
A Ucrânia chega ao Brasil com uma delegação reforçada. Estarão presentes Yana Klochkova, recordista mundial dos 400 m medley e quarta colocada no ranking da competição, e Oleg Ligosor, que ganhou medalha de ouro nos 50 m peito, 100 m peito e 100 m medley na etapa de Durban.
Outro grande nome da competição é a norte-americana Amanda Beard. No Mundial de Barcelona, ela venceu os 200 m peito e foi segunda dos 100 m do mesmo estilo. A sueca Johanna Sijöberg, recordista mundial do 4x50 e 4x100 m medley e medalha de bronze olímpica nos 4x100 m livre, e o romeno Dragos Comam, medalha de bronze nos 400 m livre em Barcelona, também estarão no campeonato.
George Bovell, de Trinidad e Tobago, destaque nos Jogos Pan-Americanos com ouro nos 200 m livre, 200 m medley e prata nos 100 m costas, será grande concorrente de Gustavo Borges, Rodrigo Castro e Thiago Pereira. Entre os argentinos, os melhores são Jose Meolans, rival de Jáder Souza, Fernando Scherer e Borges nas provas de curta distância, e Georgina Bardach, adversária de mesmo nível de Joanna Maranhão.
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