Perto da aposentadoria, Gustavo Borges sonha com final "à la Meligeni"
Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
Recordista brasileiro de medalhas olímpicas ao lado do iatista Torben Grael (ambos têm quatro), Gustavo Borges, 31, vive seus últimos dias de atleta profissional. Maior nome da natação brasileira em todos os tempos, ele se prepara para pendurar a sunga e os óculos depois das Olimpíadas de Atenas.
Para quem já sentiu o gostinho de subir ao pódio quatro vezes, o discurso humilde a menos de seis meses dos Jogos parece até falsa modéstia. Mas o pragmatismo do economista fala mais alto que o coração do atleta no momento de contabilizar suas chances de fechar a carreira com uma medalha, repetindo o que fez o tenista Fernando Meligeni no Pan de Santo Domingo-2003.
"Eu precisaria estar nadando os 100 m na faixa de 48s. Hoje eu acho muito difícil, mas não posso deixar de acreditar. Estou fazendo uma boa preparação, estou em boa forma. Não poderia dizer agora se vai dar ou não. Tenho que acreditar, mas hoje diria que as chances são de 50% a 50%", disse nesta terça-feira, durante a inauguração de sua academia em São Paulo.
Este é o mais novo dos negócios do atleta-empresário, que englobam outra academia em Curitiba, uma escola de idiomas e um projeto social, além de palestras para executivos e clínicas para professores e nadadores. Apesar da rotina atarefada, ele garante que não descuidou da preparação.
"Esses últimos dois dias têm sido correria por causa da inauguração, mas meu técnico pode confirmar que não perdi nenhum treino por causa da academia", defendeu-se Borges, que ainda aguarda o resultado do Troféu Brasil de natação, em maio, para conhecer melhor suas reais chances de medalha.
"Meu objetivo vai ser definido em maio. Dependendo de como eu nadar o Troféu Brasil, vou ter uma idéia clara da minha realidade olímpica. No momento, a minha realidade seria uma fazer a final B. Mas estou muito tranqüilo nesse aspecto. Vou nadar em maio e depois ver o que acontece", afirmou.
O nadador está concentrando toda a sua preparação para o torneio nacional, que será a última seletiva para definir a equipe brasileira que vai a Atenas. Borges já superou o índice olímpico dos 100 m livre (49s66) ao marcar 49s63 no Troféu Brasil de 2003, mas precisa confirmar a vaga chegando entre os dois primeiros na próxima edição da competição.
"Estou fazendo uma boa preparação, voltada para maio. Garantida as vagas nos 100m livre e no revezamento 4x100m, que são as provas que pretendo disputar, vou traçar uma continuação do treinamento até a Olimpíada", revelou o nadador, que já sabe quais serão as suas últimas competições como atleta profissional.
Ele disputa o Sul-Americano de 25 a 28 de março, em Maldonado, no Chile. Depois participa do Troféu Brasil, em maio, embarcando em seguida para o circuito europeu de piscina longa, conhecido como "Mare Nostrum", última escala antes de Atenas.
Às vésperas da aposentadoria, o nadador se diz preparado para assumir a nova vida, agora somente como empresário. "Eu já venho trabalhando essa mudança há um bom tempo, não foi da noite para o dia. Isso custou um pouco algumas preparações para competições, mas é um preço que eu tive que pagar para poder mudar de vida", comentou.
"Se eu fosse o Guga ou um jogador de futebol, talvez pudesse ter me dedicado somente ao esporte. Mas eu não ganhei milhões com a natação, ganhei um dinheiro que me deu estabilidade financeira e possibilitou os investimentos que vão garantir o meu futuro", contou.
Leia também:
Atleta-empresário, Borges pede política de incentivo ao esporte
Em São Paulo
Recordista brasileiro de medalhas olímpicas ao lado do iatista Torben Grael (ambos têm quatro), Gustavo Borges, 31, vive seus últimos dias de atleta profissional. Maior nome da natação brasileira em todos os tempos, ele se prepara para pendurar a sunga e os óculos depois das Olimpíadas de Atenas.
Para quem já sentiu o gostinho de subir ao pódio quatro vezes, o discurso humilde a menos de seis meses dos Jogos parece até falsa modéstia. Mas o pragmatismo do economista fala mais alto que o coração do atleta no momento de contabilizar suas chances de fechar a carreira com uma medalha, repetindo o que fez o tenista Fernando Meligeni no Pan de Santo Domingo-2003.
Gustavo Borges se prepara para dar adeus à carreira após os Jogos de Atenas |
"Eu precisaria estar nadando os 100 m na faixa de 48s. Hoje eu acho muito difícil, mas não posso deixar de acreditar. Estou fazendo uma boa preparação, estou em boa forma. Não poderia dizer agora se vai dar ou não. Tenho que acreditar, mas hoje diria que as chances são de 50% a 50%", disse nesta terça-feira, durante a inauguração de sua academia em São Paulo.
Este é o mais novo dos negócios do atleta-empresário, que englobam outra academia em Curitiba, uma escola de idiomas e um projeto social, além de palestras para executivos e clínicas para professores e nadadores. Apesar da rotina atarefada, ele garante que não descuidou da preparação.
"Esses últimos dois dias têm sido correria por causa da inauguração, mas meu técnico pode confirmar que não perdi nenhum treino por causa da academia", defendeu-se Borges, que ainda aguarda o resultado do Troféu Brasil de natação, em maio, para conhecer melhor suas reais chances de medalha.
"Meu objetivo vai ser definido em maio. Dependendo de como eu nadar o Troféu Brasil, vou ter uma idéia clara da minha realidade olímpica. No momento, a minha realidade seria uma fazer a final B. Mas estou muito tranqüilo nesse aspecto. Vou nadar em maio e depois ver o que acontece", afirmou.
O nadador está concentrando toda a sua preparação para o torneio nacional, que será a última seletiva para definir a equipe brasileira que vai a Atenas. Borges já superou o índice olímpico dos 100 m livre (49s66) ao marcar 49s63 no Troféu Brasil de 2003, mas precisa confirmar a vaga chegando entre os dois primeiros na próxima edição da competição.
"Estou fazendo uma boa preparação, voltada para maio. Garantida as vagas nos 100m livre e no revezamento 4x100m, que são as provas que pretendo disputar, vou traçar uma continuação do treinamento até a Olimpíada", revelou o nadador, que já sabe quais serão as suas últimas competições como atleta profissional.
Ele disputa o Sul-Americano de 25 a 28 de março, em Maldonado, no Chile. Depois participa do Troféu Brasil, em maio, embarcando em seguida para o circuito europeu de piscina longa, conhecido como "Mare Nostrum", última escala antes de Atenas.
Às vésperas da aposentadoria, o nadador se diz preparado para assumir a nova vida, agora somente como empresário. "Eu já venho trabalhando essa mudança há um bom tempo, não foi da noite para o dia. Isso custou um pouco algumas preparações para competições, mas é um preço que eu tive que pagar para poder mudar de vida", comentou.
"Se eu fosse o Guga ou um jogador de futebol, talvez pudesse ter me dedicado somente ao esporte. Mas eu não ganhei milhões com a natação, ganhei um dinheiro que me deu estabilidade financeira e possibilitou os investimentos que vão garantir o meu futuro", contou.
Leia também:
Atleta-empresário, Borges pede política de incentivo ao esporte
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.