'Baixinho', Kaio Márcio bate gigante e é ouro por 0s01 nos 100 m borboleta
O paraibano Kaio Márcio tem 1,74m. O carioca Gabriel Mangabeira, mais de 1,90m. Nesta terça-feira, porém, o baixinho teve usar toda a sua altura para vencer a prova dos 100m borboleta no Troféu Maria Lenk, em Santos. Kaio venceu Mangabeira por apenas um centésimo de segundo.
“Foi bem apertado mesmo. Eu poderia ter perdido por um centésimo ou ganhado por um centésimo. Mas a chegada faz mesmo a diferença. É uma esticada a mais no braço, uma pernada mais forte que faz você ficar na frente”, comemorou o paraibano, que esta completando um ano de sua mudança de João Pessoa para o Rio de Janeiro – em Santos, ele está defendendo o Fluminense.
Kaio venceu a prova em 53s01. Mangabeira ficou em segundo com 53s02. Logo atrás, também muito próximo, veio Thiago Pereira, com 53s61. “É uma das provas mais disputadas da natação brasileira. Olha só o pódio, com Kaio e Thiago, todos do top da natação mundial”, disse o vice-campeão.
A chegada, aliás, quase foi diferente. Kaio estava em vantagem nos 25 metros finais, mas os rivais se aproximaram. Com 1,94m, Mangabeira era a maior ameaça – e ainda estava na raia logo ao lado. “A altura faz a diferença, ainda mais na chegada. Se estiver cabeça a cabeça, ele vai levar, pelo braço mais comprido. Eu tenho de estar sempre mais à frente para ganhar e foi isso que aconteceu hoje”, comemorou o paraibano.
GABRIELLA VIRA CONTRA DAYNARA
Na prova feminina, o duelo entre Gabriella Silva e Daynara de Paula foi intenso. A primeira, finalista da prova no Mundial de Roma do ano passado, porém, levou a melhor. Foi a única na competição a fechar a prova em menos de um minuto, marcando 59s62.
“É uma nova etapa. Depois da cirurgia [que fez no ombro, em setembro do ano passado], eu ainda não tinha competido forte. A partir de agora, é pensar no Pan-Pacífico e me preparar para fazer o que vinha fazendo até o ano passado”, disse a vencedora.
Daynara segue em silêncio. Ela está sendo investigada por um exame com “resultado adverso” no Sul-Americano da Colômbia. Nenhuma decisão sobre o caso foi tomada e ele segue autorizada a competir. Na prova, a curiosidade foi o atraso na partida. A nadadora Bruna Rocha, do Pinheiros, rasgou seu maiô e teve de deixar as companheiras esperando até trocar rapidamente o traje.
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