Guilherme Guido vira 5º do mundo nos 50m costas, mesmo com bloco ruim

Guilherme Guido não teve rivais nas semifinais dos 50m costas. Ou melhor. Teve um. O bloco de largada. O material usado na piscina da Unisanta, em Santos, complica as saídas dos nadadores de costas, que são obrigados a usar parafina para conseguir dar o impulso inicial. Segundo Guido, isso fez a diferença em seu tempo.

O nadador paulista passou às finais da prova em primeiro lugar, com tranquilidade. Marcou 25s00, a quinta melhor do mundo em 2010 - a melhor é do britânico Liam Tancock, com 24s52. "Poderia ter sido muito melhor. Poderia ter feito 24 segundos pela primeira vez, mas o bloco não ajuda. Eu prefiro os que são usados em competições maiores", afirmou Guido.

Segundo ele, é possível repetir as performances de 2009, com os supermaiôs, pelo menos em suas provas. "É claro que influi, mas acho que no Pan-Pacífico já estarei nadando bem, para a casa de 24s5, como no ano passado". O recorde sul-americano de Guido é 24s49.

No feminino, Fabíola Molina repetiu seu tempo do Sul-Americano, com 28s50. A marca é a 9ª melhor da temporada no mundo. "Eu errei na chegada, deslizei demais. Achava que era possível nadar para 28s1 por aqui, mas estou satisfeita. Não foi um semestre dos mais fáceis".

A nadadora, após anos morando na Europa, está de volta ao Brasil. Ela agora mora em Brasília, ao lado do marido, e também nadador, Diogo Yabe. Além da mudança, Fabíola também passou um mês no Rio de Janeiro, em treinamento militar. Ela agora é sargento do Exército Brasileiro. O objetivo é participar do Mundial Militar, no ano que vem.

Léo de Deus bate Kaio Márcio pela primeira vez

Nos 200m borboleta, prova em que Kaio Márcio é recordista mundial em piscina curta, quem comemorou foi Léo de Deus. Jovem de 18 anos, ele venceu o ídolo Kaio pela primeira vez na carreira.

"Eu nunca tinha batido na frente, então é um incentivo muito grande. Ele é quarto colocado nas Olimpíadas, quarto no Mundial, recordista. Trabalhei especificamente para essa prova, então é bom saber que o trabalho deu certo. Agora, é pensar no Pan-Pacífico, para estar entre os melhores do mundo", disse Léo.

"Eu ainda estou pesado, treinando intensamente para o Pan-Pacífico. Fiquei bem cansado no final. Mas o Léo é uma promessa, é bom ver outros atletas se destacando", elogiou o atleta.

No 4x200m livre, a equipe do Minas surpreendeu. Venceu com 7min20s95, batendo o recorde anterior da competição, que era de 7min21s11. É apenas o segundo recorde da competição. "Estamos nadando no mesmo patamar dos trajes. Esse recorde mostrou isso. Mas é claro que os maiôs fizeram diferença nas outras provas", afirmou Rodrigo Castro, o segundo a nadar pelo Minas.