Cielo confirma permanência no Brasil e encabeça projeto de tops do país

O mistério chegou ao fim. Embora os sinais de permanência no Brasil fossem claros, Cesar Cielo manteve em aberto a possibilidade de voltar para Auburn, nos Estados Unidos. Mas na tarde desta terça-feira o campeão olímpico e mundial confirmou a permanência no país. E foi além. O nadador anunciou a criação de um projeto inédito com tops e encabeça a lista comandada pelo técnico Albertinho.

"Finalmente vou anunciar uma coisa que já sabia há um tempo: vou ficar no Brasil. Os resultados e o sucesso no Mundial de Dubai, me deram confiança para tomar esta decisão ", disse Cielo, em entrevista coletiva no COTP (Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa), em São Paulo.

O primeiro indício de que poderia deixar Auburn ocorreu após o Pan-Pacífico. Na principal competição de piscina longa de 2010, Cielo levou o ouro apenas nos 50 m borboleta. Ele sucumbiu em sua especialidade e ficou com a prata nos 50 m livre e o bronze nos 100 m. No torneio, ficou evidente certo desgaste com o técnico australiano Brett Hawke.

A ‘demora’ e o mistério em anunciar a volta aos Estados Unidos também levantaram suspeitas de que Cielo permaneceria no Brasil. No fim de janeiro, o nadador paulista acertou sua renovação com o Flamengo para a temporada 2011 e deve defender o clube no Troféu Maria Lenk, no início de maio.

No entanto, a base de treinamento de Cielo será São Paulo. O nadador encabeça a lista de um projeto com sete nadadores (veja tabela acima) de elite fixos treinando de forma integral com um treinador exclusivo. A saída do técnico Albertinho do Pinheiros na última semana aumentaram os rumores da criação dessa equipe de tops.

"Vou realizar o sonho de montar um grupo de alta categoria. Independentemente do clube de cada um, vamos trabalhar para ganhar medalhas na preparação para 2016 e, claro, para buscar o bi em 2012", afirmou Cielo. No período, o campeão olímpico descarta volta ao exterior para realizar treinos.

"É uma honra fazer parte deste projeto. É uma ideia simples, mas que era uma lacuna. Eu estava vinculado a um clube e não tinha autonomia para trabalhar assim. Será um grupo pequeno porque para ter excelência, realmente não pode ter muita gente. Trabalhamos visando finais de Olimpíadas e Mundiais para disputar medalhas", afirmou Albertinho. O treinador explicou que a escolha dos nomes foram feitas por índice técnico.