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Lenda da natação, Spitz diz que "faria marcas ainda melhores hoje"

Mark Spitz defendeu maior rigor nos testes antidoping e falou sobre volta de Thorpe - Getty Images
Mark Spitz defendeu maior rigor nos testes antidoping e falou sobre volta de Thorpe Imagem: Getty Images

Das agências internacionais

Em Madri (Espanha)

16/03/2011 13h51

Mark Spitz se tornou uma das lendas da história dos Jogos Olímpicos. Em 1972, ele conquistou sete medalhas de ouro e obteve sete recordes mundiais em Munique. O ex-nadador, de 61 anos, acredita que teria marcas ainda melhores se competisse hoje, como revelou em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal espanhol As.

NADADOR SE TORNOU LENDA DO ESPORTE

  • AP

    Spitz entrou para a história ao conquistar sete medalhas de ouro nos Jogos-1972, em Munique

“Acho que meus tempos seriam melhores hoje. Houve avanços na forma de treinamento, nas gravações subaquáticas para corrigir defeitos, nos materiais dos maiôs, na construção de piscinas e, sobretudo, na preparação física. Basta ver os corpos dos nadadores”, disse o norte-americano.

Spitz comentou sobre o retorno de Ian Thorpe às piscinas, mas fez algumas ressalvas. “Sua volta é uma grande notícia para ele, seus patrocinadores, a Austrália e a natação. No entanto, Thorpe tem um trabalho duro pela frente. De momento, vamos nos concentrar no processo que pode levar a Londres, pois ainda é muito cedo para saber se ele disputará medalhas”, ponderou.

O ex-nadador também falou sobre os “supermaiôs”, sem deixar de fazer críticas. “Nadar é nadar. O que ocorreu com os ‘supermaiôs’ foi o mesmo do que no esqui, com botas e os avanços nos esquis. A tecnologia mudou essas modalidades. Entretanto, no fim, acho que ganham os mesmos, com ou sem tecnologia. Ela não pode fazer campeão alguém que não é”, analisou.

Por fim, Spitz defendeu o maior rigor na realização de exames antidoping nos nadadores. “O doping é um grande problema contra o qual se deve lutar, sem dúvida. Alguns poucos sujam nosso nome e, para que a competição seja justa, as regras devem ser muito severas”, concluiu.