Algoz de Cielo, Fratus vira 'celebridade' em casa e abandona postura juvenil
Bruno Fratus precisou de 48s72 para virar ‘celebridade’. Foi com esse tempo que o nadador surpreendeu o recordista e campeão mundial Cesar Cielo na final dos 100 m livre no Troféu Maria Lenk. E desde o feito, obtido há dez dias, ele passou a ser badalado em seus territórios: no clube Pinheiros e em Natal (RN). Desenvolto, o atleta de 21 anos se impõe e abandona a postura juvenil dentro e fora das piscinas.
BRUNO FRATUS FAZ CLÍNICA-RELÂMPAGO EM AUBURN COM EX-TÉCNICO DE CIELO
O Troféu Maria Lenk foi marcante para Bruno Fratus. O nadador venceu o campeão mundial Cesar Cielo nos 100 m livre e ainda colhe frutos do sucesso no torneio nacional. No fim da semana passada, o velocista viajou a Auburn, nos Estados Unidos, para uma clínica-relâmpago com o australiano Brett Hawke, ex-técnico de Cielo.
Em evento no Pinheiros, Bruno Fratus foi rapidamente cercado pela imprensa. As perguntas giravam em torno da vitória sobre Cielo. Sem gaguejar, ele respondeu a todos com desenvoltura, evitou qualquer tipo de euforia e tratou com naturalidade o resultado obtido no Rio de Janeiro no início do mês. “A emoção de vencer é sempre boa. E você sempre entra para vencer, independente da piscina, da competição e do adversário”, afirmou.
Fratus foi questionado sobre o sabor especial de vencer o campeão mundial, mas evitou qualquer exagero e comparação. Até para não criar uma rivalidade, segundo ele mesmo. “Cair na água com ele é a mesma coisa do que com qualquer adversário de alto nível. O sabor especial foi pelo índice para o Mundial e pela primeira vitória no Troféu Maria Lenk”.
No entanto, não foi só com a imprensa que o assédio cresceu. “Aqui no clube [Pinheiros], a molecadinha vem perguntar sobre natação e isso é super legal. Na minha cidade, em Natal (RN), aumentou bastante. O contato pela internet também. Eu gosto quando é uma pessoa conhecida que eu não falava há bastante tempo. Mas tirando isso, prefiro ficar anônimo por enquanto”, disse Fratus.
Durante as entrevistas, o potiguar de 21 anos repetiu seguidas vezes que é a hora de focar na postura profissional. “Não é hora de erros infantis de dieta e descanso e de me dar a liberdade de não treinar no meu máximo. Tenho que ser mais profissional”, falou. “Agora, cheguei no ponto que tenho que ser 100% profissional e deixar hábitos de atleta juvenil”, repetiu.
A determinação no discurso tem uma meta clara em curto prazo: o Mundial de Xangai, em julho. Em preparação para a competição, tem ido dormir por volta das 22h e adotou como hábito acordar com folga antes do treino para chegar bem disposto. Tem cargas de treino que chegam até a 6h diárias e cuida da alimentação. “Estou bem empolgado e motivado”, declarou o velocista, que prefere não priorizar uma só prova. Treina para os 50 e 100 m livre.
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