Vigilância sanitária aprova métodos contra contaminação de farmácia do caso Cielo
A farmácia de manipulação Anna Terra, utilizada pelo nadador Cesar Cielo, trabalha em boas condições de higiene e segue satisfatoriamente as práticas contra a contaminação de cápsulas, “não oferecendo danos à saúde dos consumidores”. A conclusão partiu da vigilância sanitária de Santa Bárbara D’Oeste após inspeções realizadas no local na última semana.
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Cielo era aguardado no aeroporto de Cumbica para embarcar para o Mundial com seleção de natação, mas não deu as caras. Ao contrário do que previram sua assessoria pessoal e a assessoria da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), o melhor velocista do mundo não foi para o período de aclimatação em Macau no mesmo voo de seus colegas, que viajaram na madrugada de domingo para segunda.
Dois nadadores confirmaram à reportagem do UOL Esporte que Cielo e seu treinador, Alberto Silva, haviam embarcado no sábado. Ricardo de Moura, superintendente técnico de natação da CBDA, está em Macau desde o fim da semana passada.
“Após inspeções feitas nas datas mencionadas, e pela documentação apresentada pelo estabelecimento, a Vigilância Sanitária verificou que a farmácia atende as exigências das legislações vigentes, estando em condições sanitárias satisfatórias de funcionamento, não oferecendo danos à saúde dos consumidores”, informou a prefeitura de Santa Bárbara.
A vigilância sanitária não conclui se houve ou não a contaminação apontada por Cesar Cielo, mas atesta que a farmácia Anna Terra segue todos os procedimentos exigidos por lei para evitar a contaminação cruzada. O nadador alega que durante dois anos recorreu a cápsulas de cafeína produzidas pela Anna Terra.
As visitas à farmácia acontecem pelo menos duas vezes por ano, segundo a vigilância sanitária. No dia 3 de julho, funcionários da prefeitura inspecionaram a farmácia Anna Terra de acordo com cronograma previamente estabelecido. Eles voltaram ao local no dia 6, desta vez para “averiguar fatos” específicos e buscar mais detalhes que pudessem ajudar no caso Cielo.
O campeão olímpico e mundial testou positivo para furosemida, diurético que mascara a presença de outras substâncias proibidas. O exame antidoping foi realizado no início de maio, durante o Troféu Maria Lenk. Os resultados dos testes de Cielo, Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinicius Waked deram positivo.
Em painel realizado pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), o quarteto foi advertido e perdeu os resultados, índices e medalhas obtidos no Maria Lenk. Segundo os julgadores, eles não foram negligentes nem tiveram melhor performance. O laboratório canadense que analisou o exame também informou que densidade e acidez da urina dos nadadores estavam em níveis normais, sem sofrer o efeito da furosemida.
No entanto, a Federação Internacional de Natação (Fina) decidiu apelar da decisão da CBDA e recorreu à Corte Arbitral do Esporte (CAS), pedindo uma punição maior para os nadadores. Cielo aceitou o caráter de emergência requisitado pela Fina e o resultado do julgamento deverá ser conhecido antes do dia 24 de julho, quando começa a disputa da natação no Mundial de Esportes Aquáticos de Xangai.
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