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Daynara lamenta ausência de Fabíola Molina e desatenção de Cielo e companhia

Gustavo Franceschini

Em São Paulo

12/07/2011 07h00

Única representante da natação feminina em provas individuais, Daynara de Paula vai para o Mundial de piscina longa como a grande estrela brasileira, mas lamenta a condição. Em sua primeira grande competição após um caso de doping semelhante ao que vive hoje Cesar Cielo, a especialista em nado borboleta diz que sentirá a falta de Fabíola Molina, também afastada após ter testado positivo para uma substância ilícita.

“A Fabíola vai fazer muita falta. Ela é a rainha das águas. A Fá sempre cuidou de todo mundo e é a pessoa mais simpática que eu conheço. Quando eu era criança, meu sonho era receber uma medalha entregue por ela”, revelou Daynara, antes do embarque da seleção para a competição.

A veterana nadadora não vai a Xangai por ter sido flagrada com metilhexanamina, substância dopante que ela diz ter consumido em um sachê gratuito. Punida pela CBDA, ela será liberada para competir uma semana depois das inscrições para a competição na China, e disputará os Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro.

Fã de Fabíola, Daynara ainda se mostrou um pouco desapontada com o acúmulo de casos de doping da modalidade. “Depois do meu caso eu esperava que as pessoas se cuidassem mais”, disse a nadadora, que diz hoje não usar mais suplementos alimentares.

No ano passado, Daynara testou positivo para furosemida, e alegou que houve erro na manipulação de seu suplemento por parte de uma farmácia em Belo Horizonte. Tanto a substância quanto a alegação são as mesmas de Cielo, Henrique Barbosa, Nicholas Santos e Vinicius Waked, flagrados no último trofeu Maria Lenk.

No entanto, ao contrário do que aconteceu com os colegas, que foram apenas advertidos, Daynara pegou seis meses de punição. Questionado sobre a comparação entre as penas, ela sorriu sem graça e se recusou a comentar: “Nada a declarar”.