Dia da 'redenção' tem bicampeonato de Cielo e 25º ouro de Phelps em Mundiais
Eles são campeões olímpicos e mundiais. E, por diferentes motivos, chegaram ao Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai (China), sob pressão. Cesar Cielo carregou o peso de um julgamento de doping, mas superou o caso e conquistou o bicampeonato mundial nos 50 m livre. O triunfo brasileiro em sua especialidade ocorreu no mesmo dia da ‘redenção’ de Michael Phelps. O multicampeão olímpico entrou na competição com a sombra de Ryan Lochte e sucumbiu nos dois duelos diretos com o rival. Mas neste sábado, o maior atleta olímpico voltou a triunfar e somou seu 25º ouro em Campeonatos Mundiais.
BICAMPEÃO CESAR CIELO
Sou campeão olímpico e o atual campeão mundial, por isso fiquei extremamente feliz com o resultado. As duas medalhas de ouro e o quarto lugar são resultados melhores do que os que imaginava há 2 semanas. Sinto-me mais forte
Cesar Cielo viu o pior momento de sua carreira se estender por 20 dias. Ele aguardou em silêncio a decisão da CAS (Corte Arbitral do Esporte) sobre seu caso de doping. Foi apenas advertido. E com a possibilidade de disputar o Mundial abriu sua participação com o ouro nos 50 m borboleta (prova não-olímpica). O paulista de Santa Bárbara D’Oeste tinha, então, a missão de defender os títulos mundiais nos 100 m e nos 50 m livre.
Na maior distância, Cielo falhou. Fez uma boa prova ao cravar 48s01, mas acabou fora do pódio por um centésimo. Neste sábado, ele mostrou que nos 50 m livre segue soberano. Atual recordista mundial e campeão olímpico, ele caiu na água para defender o título mundial conquistado em Roma-2009 e sobrou. Com 21s52, ele levou o bi.
“É a primeira vez que eu olho pra trás e tenho realmente orgulho do que eu consegui superar. É claro que tive orgulho da medalha olímpica e de outros mundiais, mas este foi um desafio muito grande. Me sinto um cara muito mais preparado, muito mais confiante, porque não foi fácil ficar atrás da baliza esta semana”, falou Cielo.
AS MEDALHAS DE PHELPS EM MUNDIAIS
- 100 m borboleta: 2007, 2009 e 2011 - 200 m borboleta: 2001, 2003, 2007, 2009 e 2011 - 200 m medley: 2003, 2005 e 2007 - 400 m medley: 2003 e 2007 - 4x100 m livre: 2005, 2007 e 2009 - 4x200 m livre: 2005, 2007, 2009 e 2011 - 4x100 m medley: 2003, 2005 e 2009 |
- 100 m borboleta: 2º (2003, 2005) - 200 m medley: 2011 - 4x200 m livre: 2003 |
Com o ouro nos 50 m livre, o Brasil alcança sua quarta medalha (todas de ouro) no Mundial e ocupa a quarta colocação no quadro de medalhas, atrás de China, Estados Unidos e Rússia, respectivamente. “Espero que este seja um grande momento para todo mundo e para a natação também. Sair daqui com quatro medalhas de ouro, junto com a da Ana Marcela e do Felipe França, é uma campanha melhor que a de Roma. Pessoalmente, eu queria muito vir para cá, disputando as três medalhas. Consegui duas de ouro e elas estão com um peso maior que todas as outras da minha coleção”, disse Cielo.
Michael Phelps é o maior atleta da história dos Jogos Olímpicos, mas chegou em Xangai com um rival em sua cola. Ryan Lochte queria provar que é o melhor do momento e foi a verdadeira estrela do Mundial ao vencer os dois duelos diretos contra Phelps e bater o recorde mundial nos 200 m medley – o primeiro desde a proibição do uso dos supermaiôs no final de 2009.
No entanto, Phelps também teve seu momento de redenção e protagonismo. Após conquistar o quinto título mundial seguido nos 200 m borboleta, o norte-americano foi tricampeão nos 100 m borboleta neste sábado. É verdade que não teve a concorrência de Lochte, mas a medalha entrou para sua extensa lista de conquistas: 25º ouro de Phelps em Mundiais.
“Não estou em plena forma fisicamente. Quero ser mais rápido”, falou o dono de oito ouros na Olimpíada de Pequim-2008. “Às vezes é preciso saber que se pode fazer melhor. Está claro que preciso melhorar nos primeiros 50 m. Vou seguir trabalhando. Vou olhar algumas provas e pensar em como posso ser mais rápido”, concluiu Phelps.
SAIBA MAIS SOBRE AS CONQUISTAS DE CIELO E PHELPS NESTE SÁBADO
DOPING DO BRASILEIRO CESAR CIELO AINDA REPERCUTE FORA DAS PISCINAIS
A Federação Internacional de Natação (Fina) decidiu adotar um programa de passaporte biológico para combater o doping. A medida vem pouco mais de uma semana após Cesar Cielo ser liberado para competir no Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai (China). |
O diretor-executivo da Fina (Federação Internacional de Natação), Cornel Masculescu, ainda não superou a ?derrota? da entidade no tribunal no caso de doping de Cesar Cielo. O cartola criticou a política mundial contra o doping e comparou o julgamento do nadador brasileiro a uma corte civil: ?com um bom advogado, escapa?. Leia a notícia completa |
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